
Os professores da rede municipal de Teresina acamparam em frente à Câmara Municipal e dormiram no local nesta madrugada em protesto contra o reajuste salarial anunciado pela Prefeitura. A categoria afirma que os valores anunciados pelo Palácio da Cidade não atendem à reivindicação do magistério, que é de 33,23%.
Os membros do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teresina (Sindserm) estão no local desde o início da manhã de segunda-feira (14), reivindicando ter acesso ao documento que solicita o reajuste dos salários encaminhado pelo Executivo à Câmara.
Ainda no início do mês, o Governo Federal anunciou que o piso nacional da categoria será de R$ 3.845,63 em 2022. Em Teresina, a Prefeitura decidiu por elevar o valor para R$ 4.400, mas sofreu resistência dos profissionais da educação.
De acordo com o vereador e presidente da Câmara, Jeová Alencar (MDB), o projeto atende à categoria e deve beneficiar os professores.
“O secretário Nouga vem aqui explicar melhor, mas já chegou ao nosso conhecimento de que o piso nacional está em torno de R$ 3.800 e a Prefeitura vai ter o piso de R$ 4.400. Ou seja, maior que o piso nacional. Deve entrar em votação na terça-feira até porque ele vai ser retroativo a janeiro”, disse o parlamentar.
O presidente do sindicato, Sinésio Soares, afirmou que a categoria só irá aceitar a proposta quando tiver conhecimento do documento encaminhado pelo prefeito. Os servidores reivindicam que o cálculo do reajuste seja feito sobre o piso atual pago à categoria e não sobre o piso nacional vigente, como a prefeitura propõe.
“Só existe projeto de reajuste quando a gente vê e a gente está fazendo esse ato aqui pedindo a algum vereador que nos mostre esse projeto de lei. Aí nós vamos olhar se está de acordo com a lei federal e com a lei municipal. Na lei federal, o piso tem que ter a aplicação desses 33,23%”, afirmou.
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