27 de julho de 2025

Polícia investiga possível homicídio com ocultação de cadáver em caso de bebê desaparecido

Redação

Publicado em 18/02/2022 15:25

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Criança está desaparecida em Teresina (Foto: divulgação)

A investigação policial sobre o desaparecimento do bebê, Wesley Carvalho Ferreira, de 1 ano e 10 meses, também apura possível homicídio com ocultação de cadáver. O boletim de ocorrência sobre o caso só foi registrado em fevereiro de 2022, dois meses após a criança sumir, quando a irmã da mãe da criança descobriu. A mãe alega que o bebê foi sequestrado em dezembro de 2021, quando estava com ele na Praça da Bandeira, no Centro de Teresina.

O delegado Matheus Zanatta, Gerente de Polícia Especializada, destaca que o local onde a criança morava com a mãe passou por perícia para produção de um laudo técnico, que vai subsidiar o inquérito policial.

“No final de dezembro, quando a criança foi supostamente sequestrada, a Polícia Militar não foi chamada para atender a ocorrência. Importante frisar que a Polícia Civil não descarta nenhuma hipótese. Ela trabalha até mesmo com a hipótese de homicídio com ocultação de cadáver”.

De acordo com o delegado, “a Polícia Civil está colhendo elementos e informações, ouvindo familiares, vizinhos e pegando imagens para esclarecer os fatos”.

“O fato só veio a ser registrado em fevereiro deste ano por uma tia da criança. Ela informa que a criança foi sequestrada no final de dezembro do ano passado, na Praça da Bandeira. O pai da criança foi ouvido e confirma a versão, mas o que chama a atenção do polícia é que a ocorrência só foi registrada depois de dois meses por uma tia da criança”.

Desaparecimento 

O bebê, na versão da mãe, teria sido sequestrado por dois homens armados, no dia 29 de dezembro de 2021, na praça da Bandeira, no Centro de Teresina, por volta das 6 horas. Segundo a mãe, ela foi ameaçada de morte junto com o marido.

Ela relata que estava com receio e só comentou o caso com a sua irmã no início desse mês de fevereiro. Após saber do desparecimento, a tia da criança registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), que iniciou uma investigação.

O menino é filho de uma dona de casa, que prefere não se identificar. No dia do desaparecimento, ela estava com o companheiro na praça.

“Nós vimos dois bandidos vindo em direção para nós. E foi logo dizendo: passa a criança. Ficamos sem reação. Olhamos para um lado e para o outro, sem falar nada, que eles ameaçaram nós. Se fazer algum ‘pio’ nós matamos vocês três”, disse a mãe.

A mãe conta que a cena foi presenciada por outras pessoas, que nada fizeram para impedir o sequestro.

Mãe alega que não denunciou o caso antes por medo (foto: reprodução)

Medo de falar com a família 

A tia da criança, Socorro Costa, disse que depois do ocorrido a irmã não manteve contato com os familiares. Somente no dia 02 de fevereiro, ela soube do desaparecimento da criança e que a irmã tinha mudado de endereço, mas que continuava em Teresina.

“No mesmo dia ela tinha que ter avisado. São dois meses. Eu nem pensei, peguei ela, os documentos dela e fomos para a Delegacia do Centro, mas chegando lá fomos orientadas a ir para a Delegacia da Criança e do Adolescente. Nós registramos um B.O. (Boletim de Ocorrência). Como faz muito tempo, eles disseram que vai pegar mais esclarecimentos, mais informações para investigar”.

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