
Jonas Carvalho
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Os vereadores da Câmara Municipal de Teresina aprovaram, nesta terça-feira (22), o projeto de lei que reajusta o piso salarial dos professores em 16%. A matéria recebeu voto contrário de cinco parlamentares: Aluísio Sampaio (Progressistas), Paulo Lopes (PSDB), Edson Melo (PSDB), Ismael Silva (PSD) e Evandro Hidd (PDT).
Agora, o piso do magistério será de R$ 4.085,00 – valor contrário ao proposto pela categoria, que reivindica o pagamento de R$ 4.400,00 aos profissionais da educação. O Projeto de Lei encaminhado pelo prefeito Dr. Pessoa (MDB) foi votado em primeira e segunda votação.
A vereadora Fernanda Gomes (Solidariedade) justificou o voto favorável à matéria afirmando que a proposta foi dialogada entre os parlamentares e os líderes sindicais. Além disso, a vereadora citou a atual questão econômica do município como entrave para aprovação do reajuste salarial solicitado pelo professores, de 33,23%.
“Demonstro meu total respeito à categoria dos professores. Acerca do reajuste salarial linear, eu dialoguei com os professores, fizemos uma audiência pública e tivemos uma longa conversa. A minha vontade é que tivéssemos esse reajuste de 33%. Por esse motivo eu vou votar favorável a esse projeto porque temos que nos ajustar à realidade financeira do município”, disse.
Contrário à proposta, o vereador Paulo Lopes pontuou que a categoria será penalizada com o projeto e defendeu a valorização da classe.
“A educação de Teresina sempre foi uma referência em todo o Brasil. Nós entendemos que tudo que foi conquistado ao longo dos anos foi um reconhecimento da gestão passada. Entendo que eles devem ser remunerados de forma justa. Vários municípios devem esse reajuste. Nós estamos há mais de um ano que as escolas não estão funcionando, tivemos uma economia no consumo de energia, que soma quase R$ 100 milhões. Não voto favorável por reconhecer que deveria ter tido uma discussão melhor”, disse Paulo Lopes.
Greve continua
Na área externa do Plenário, os professores se reuniram em protesto contra a votação. Com a provação da proposta, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teresina (Sindserm) afirmou que os manifestantes permanecerão no local. A greve foi deflagrada no dia 7 de fevereiro e já completa 15 dias.
A professora Luciane Santos garantiu que os professores permanecerão acampados no local e que a categoria fará um manifesto em frente ao Palácio da Cidade, sede do Poder Executivo.
“A greve continua forte e agora com essa retomada das aulas presenciais a prefeitura vai sentir o peso dessa greve e nós não aceitamos. Iremos fazer acampamento na Câmara de Vereadores e precisamos fazer uma luta na frente da Prefeitura já que a gente não aceita esse reajuste de 16%”, finalizou.
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