9 de junho de 2025

Faltam dipirona e testes de dengue nos hospitais de Teresina, diz FMS

Thálef Santos

Publicado em 20/04/2022 12:30

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Foto: arquivo/ClubeNews

Thálef Santos e Carlienne Carpaso*
thalefsantos@tvclube.com

A cidade de Teresina está com estoques reduzidos de testes sorológicos de dengue e do remédio dipirona injetável para o tratamento da doença nos hospitais municipais. No momento, apenas os casos mais graves estão sendo testados. O presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Gilberto Albuquerque, esclarece que os testes são distribuídos aos estados e municípios pelo Ministério da Saúde.

Gilberto Albuquerque esclarece que a morte pela doença só é confirmada por exame sorológico. Esse exame, segundo ele, está em falta em todo o Brasil.

“Esse teste sorológico é distribuído pelo Ministério da Saúde que, no momento, está em falta no Brasil. Não é que ele não exista, mas a quantidade está aquém das necessidades. Então, é mais um que está em falta no mercado. O Ministério da Saúde não está distribuindo em quantidade suficiente porque a demanda não está dando conta. No mercado não existe em quantidade suficiente”, acrescentou.

Dipirona 

A falta de dipirona no mercado nacional atinge os postos de saúde em Teresina, disse Albuquerque. O remédio com diferentes aplicações não está disponível no formato injetável nas distribuidoras. As pessoas com sintomas fortes que precisam do remédio neste formato (de rápida ação no corpo) precisam aguardar o efeito do remédio em gotas ou em comprimidos.

A falta vai além dos postos de saúde; as farmácias também não possuem a medicação para venda. Gilberto Albuquerque lembra em janeiro ocorreu uma escassez do dipirona em xarope (que recentemente voltou ao mercado, assim como o comprimido).

O remédio na forma injetável é encontrado fora de Teresina, mas com prazo de entrega e em pequenas quantidades. Atualmente, o baixo estoque disponível na rede hospitalar é utilizado apenas para casos muito graves. O presidente da FMS acrescenta que a saída encontrada pelos profissionais da saúde é o remédio Paracetamol, que serve para os mesmos sintomas.

FMS – dados até 18 de abril

Dengue
Notificados: 2031
Confirmados: 895

Chikungunya
Notificados: 154
Confirmados: 74

Zika
Notificados: 29
Confirmados: 6

Presidente da Fundação Municipal de Saúde, Gilberto Albuquerque. (Foto: Jonas Carvalho/ Portal ClubeNews)

Falta de estoque

Sobre a previsão de chegada do remédio no mercado, Gilberto Albuquerque fala que as distribuidoras apenas “dão esperança”. Ele também informa que outros medicamentos, insumos e matérias-primas também estão em falta.

“Mesmo encerrando o período (intenso) da Covid-19 como pandemia, a falta de insumos persiste. Não é só a rede hospitalar. Automóvel, por exemplo; […] não tem peça suficiente para montar um carro. Então, ainda existe  essa deficiência em vários setores da indústria”, conta.

Dengue x medicação

Para os casos de dengue, o paracetamol pode ser utilizado. Entretanto, Gilberto Albuquerque alerta que casos de hepatite associadas à dengue estão surgimento nos atendimentos hospitalares. Ele informa que o uso de outros medicamentos anti-inflamatórios, na substituição do dipirona, podem provocar a hepatite. Por isso, não é recomendável.

É importante lembrar os riscos da automedicação. A prescrição de um médico é essencial para lidar corretamente com os efeitos colaterais de cada remédio.

(Foto: Thálef Santos/Portal ClubeNews)

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