25 de agosto de 2025

Ex-detenta denunciou policial penal por estupro após deixar prisão; polícia já identificou 3 vítimas

Redação

Publicado em 12/05/2022 15:00

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Penitenciária Feminina Adalberto de Moura Santos em Picos (Foto: Internet)

As investigações contra um policial penal, suspeito de estuprar e torturar detentas na Penitenciária Feminina de Picos, iniciaram após uma das presas deixar o sistema prisional e procurar a Delegacia da Mulher para denunciá-lo.  Ela registrou um boletim de ocorrência relatando todos os crimes sofridos enquanto estava reclusa na unidade prisional. A egressa também citou que outras presas também eram vítimas; a Polícia Civil já identificou pelo menos três vítimas do abuso sexual.

A delegada titular Maria Rubiane Nunes, da Delegacia da Mulher em Picos, comentou que os crimes ocorreram no ano de 2020 e as investigações se iniciaram em agosto de 2021, após a egressa do sistema prisional relatar o caso aos policiais civis. Os crimes já foram noticiados ao Ministério Público.

“Diante disso, a gente instaurou um inquérito policial e iniciou as investigações. A gente já localizou pelo menos três vítimas dos casos de abuso sexual e outras de casos de torturas. As torturas eram psicológicas com alguns atos de humilhação. Os abusos foram configurados como estupros, mas foram atos libidinosos diversos de conjunção carnal, que aconteciam dentro das instalações da penitenciária feminina; no caso, o investigado abusava dessa posição, dessa função, para ter acesso às detentas e iniciar os abusos”, diz a delegada.

Diversas provas já estão anexas aos autos, como imagens do circuito de segurança, depoimentos das detentas e as fichas de acompanhamento ao psicólogo da penitenciária porque depois dos casos algumas presas passaram a apresentar quadros de doenças psicológicas.

O suspeito foi preso durante plantão na penitenciária. A delegada ressalta que esse é um caso isolado e não representa a postura dos demais policiais penais no estado. “É uma pessoa que errou e vai pagar por seus erros. Ele já foi interrogado e negou todas as acusações”.

Locais sem câmeras

O delegado Francisco Carvalho acrescentou que a investigação observou que o suspeito retirava as presas das celas e as levavam aos locais que não possuíam sistema de videomonitoramento, como a sala  da Ordem dos Advogados do Brasil e o alojamentos dos policiais penais. “Eram lá que eram praticados os atos de abusos sexuais, que aconteciam com frequência durante os plantões (dele)”.

“As detentas também relatam que durante os plantões dele, inclusive, eram denominados de ‘o dia da ditadura’ por ele ser extremamente rígido e aplicar penalidades não condizentes com os procedimentos penais operacionais das penitenciárias”.

O inquérito está concluído e relatado à Justiça.

Nota da Sejus na integra

A Secretaria de Justiça informa que, acerca da prisão preventiva de um policial penal, lotado na Penitenciária Feminina de Picos, decretada nesta quarta-feira (11), ainda não foi notificada oficialmente dos fatos. Tão logo seja informada das circunstâcias da ocorrência, tendo em vista as investigações correrem em sigilo, a Sejus se posicionará sobre o episódio e tomará as providências cabíveis.

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