O ex-governador do Piauí, Wellington Dias (PT), criticou a postura do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), quanto à política de preços empregada pela Petrobras. Para ele, Bolsonaro é o responsável pelo aumento no valor do combustível no Brasil e citou a ação de outros presidentes na história do país que interviram na dinâmica econômica empregada pela estatal.
“A responsabilidade pelo aumento dos preços dos combustíveis, tem nome, tem endereço, é o Palácio do Planalto e o presidente Jair Bolsonaro. É ele que tem poder sobre a Petrobras. É ele que tem poder para regulamentar, como outros presidentes da república fizeram, o presidente Fernando Henrique, o presidente Lula, a presidenta Dilma”, destacou.
Wellington Dias cobrou nova postura do presidente. “É hora de se impor. Se é corajoso, se é presidente, então tem que agir em relação ao interesse público, seja em relação à Petrobras, seja quem quer que seja”, completou.
Jair Bolsonaro trocou o comando da Petrobras no mês de abril, exonerando Joaquim Silva e Luna e nomeando José Mauro Ferreira Coelho para a presidência da empresa. A mudança foi a terceira durante o mandato do chefe do Executivo.
A expectativa era que o preço do combustível no Brasil fosse reajustado com a perspectiva de queda. No entanto, as precificações continuaram altas em todo o país. Fato que gerou incômodo na oposição ao Palácio do Planalto.
Lucro bilionário
Wellington Dias cita que a estatal brasileira finalizou o ano de 2021 com saldo positivo – situação que, em sua avaliação, garantiria o custeio do produto em uma possível alta no mercado internacional.
“E veja só, agora só em um trimestre de janeiro, fevereiro e março a Petrobrás acumulou lucro 38 vezes maior do que no mesmo período do ano passado. Esse lucro de R$ 44,6 bilhões saiu da onde? Saiu do seu bolso, saiu do dinheiro dos estados e municípios”, pontuou o ex-governador.
Críticas do Planalto
O presidente da República, Jair Bolsonaro, participou, segunda-feira (16), de uma feira organizada pela Associação Paulista de Supermercados, em São Paulo. Na ocasião, o presidente também criticou a estatal e a política de preços sobre o diesel.
O chefe do Executivo reclamou que a estatal busca o lucro máximo, “em vez de fazer como as petrolíferas do mundo todo fizeram, reduziram suas margens de lucro”, disse.
“Nada contra a empresa ter lucro, tem que ter lucro. De outro lado, a gente sabe que não dá certo, e vê-se obrigado a mexer nas peças do tabuleiro”, acrescentou o presidente. “A gente lamenta o preço do diesel altíssimo”, afirmou.
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Fonte: Com informações da Agência Brasil
