Wesley Igor Gomes*
wesleygomes@tvclube.com.br
Com o período mais quente e seco do ano se aproximando, os teresinenses passam a se preocupar com uma inimiga da saúde: a famosa e temida laringite ─ inflamação da laringe que causa dor na garganta, rouquidão e, até mesmo, perda de voz. O Portal ClubeNews conversou com especialistas que vão explicar sobre a doença e os cuidados que devem ser adotados.
A dona de casa Maria Morais ficou completamente sem voz e contou que os sintomas começaram com um pigarro e dor de garganta. Dois dias depois, a voz começou a sumir e ela foi diagnosticada com a doença. Fui na urgência com muita dor de garganta e dor de cabeça, mas mesmo com a medicação, não melhorei e a doença evoluiu para uma laringite. Após oito dias, minha voz ainda não voltou completamente e continuo rouca”, relatou.
De acordo com o médico otorrinolaringologista, Victor Campelo, essa inflamação da laringe, região das vias aéreas onde estão localizadas as cordas vocais, é ocasionada por vários fatores. “Temos um acometimento por vírus, esses que provocam síndromes gripais, desde a influenza, o rinovírus e o próprio Covid-19. Além deles, temos as bactérias, as alergias e o esforço excessivo da voz, assim como o refluxo gastroesofágico como causas comuns”, disse.
O médico também explicou que a baixa umidade do ar, devido ao tempo seco na capital, está relacionada aos casos da doença entre os habitantes. “As vias aéreas, como um todo, ficam mais sensíveis de forma que se tornam mais frequentes. Nos locais quentes e secos, a laringite surge tanto pela irritação própria do clima, como também pelas vias aéreas, pois o organismo fica mais suscetível e perde a defesa”, comentou Victor.
Principais sintomas: pigarro, dor de garganta, febre, dor de cabeça, dor de garganta, dor muscular, rouquidão ou perda da voz, sensação de garganta áspera, dificuldade para respirar, dor ao engolir e tosse.
Diagnóstico
Para diagnosticar a doença, é importante que o paciente, ao sentir os sintomas, procure um médico otorrinolaringologista. O profissional vai analisar o quadro conforme a história clínica da pessoa doente, pois existem casos de laringite crônica.
Prevenção e cuidados
Em relação a formas de prevenção e nos casos já diagnosticados da inflamação, o otorrinolaringologista alerta para a importância de beber bastante água, não forçar a voz e, também, não fumar. “Tem que fazer um repouso local, pois a voz pode ficar um tempo prolongado com a rouquidão e quanto aos pacientes que são alérgicos, tem que tomar cuidado e evitar exposição aos alérgenos específicos, principalmente poeira, produtos químicos voláteis e causem poluição”, destacou Victor.
Os teresinenses, para se refrescarem do calor, têm o hábito de utilizar ar-condicionado e ventilador. Hardynn Wesley, também médico otorrinolaringologista, pontuou que essa ação piora a umidade do ar e, consequentemente, deixando o ambiente mais seco e gerando desconforto na região da laringe.
“O ideal é que deixe a temperatura do aparelho, se for possível regular naqueles aparelhos digitais, a mais alta possível de forma que o ambiente fique agradável e não aquele local frio, gelado e que você precise de uma roupa ou um edredom para se proteger”, alertou o médico, que continuou: “Vai depender também do tamanho do ambiente e da potência do ar-condicionado, mas no geral é que a temperatura fique entre 23 e 25 graus, esse é o ideal”.
Covid-19
A Covid-19, por ser uma doença nas vias respiratórias, também pode causar um quadro de laringite em pacientes que testaram positivo. Dessa forma, os cuidados a serem tomados são semelhantes: hidratação e alimentação adequada, evitar esforço da voz, além de ter acompanhamento médico, pois com a Covid-19, há uma intensificação da inflamação.
“É interessante passar por uma avaliação com um otorrinolaringologista para identificar se existe alguma lesão na área e, consequentemente, as possíveis complicações futuras para estarmos acompanhando. Precisa passar por um profissional da fonoaudiologia para fazer uma fonoterapia ou um tratamento já com um fonoaudiólogo ou um tratamento preventivo para alguma lesão futura? Precisa de alguma medicação específica?”, explicou o especialista, Hardynn Wesley.
*Sob supervisão da jornalista Malu Barreto
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