
Após o Hospital São Marcos anunciar que pode encerrar suas atividades por não ter condições financeiras de pagar o novo piso salarial dos profissionais da enfermagem, o Conselho Regional de Enfermagem do Piauí (Coren-PI) manifestou preocupação.
Em nota divulgada no final da tarde desta quinta-feira (18), o Conselho disse que esse tipo de manifestação pode induzir a opinião pública a um entendimento de que a Lei Federal 14.434/2022, que institui o piso salarial nacional da Enfermagem, será a responsável pela suspensão de alguns serviços de saúde, demissões, e até de um possível fechamento da unidade, o que não é verdade.
O COREN afirmou ainda que há mais de 30 anos a Enfermagem luta por reconhecimento e valorização, que finalmente foram materializados com a aprovação do piso salarial nacional, que passou dois anos em discussão e teve um amplo debate até a sanção presidencial. E que as instituições públicas e privadas estiveram envolvidas nessas discussões, por meio de entidades representativas, portanto, tiveram tempo suficiente para que estudassem formas de organização financeira para implementação do piso salarial.
“Uma vez que a legislação já é uma realidade, as instituições de saúde, públicas e privadas, devem focar em encontrar alternativas para subsidiarem o pagamento do piso salarial, e consequentemente, cumprirem a lei, e não insistir em uma narrativa falha de culpabilização da Enfermagem por seus problemas orçamentários”.
O documento divulgado pelo Coren diz ainda que a conquista não é um favor e que representa o mínimo de valorização para profissionais que desempenham funções carregadas de responsabilidades e se dedicam diariamente a salvar vidas. “Somos mais de 2,6 milhões de profissionais, em sua maioria mulheres, que precisam se desdobrar em mais de um emprego para garantir o sustento de suas famílias. A remuneração de muitas delas era um salário mínimo”.
O Coren afirmou que espera dessas instituições o apoio e reconhecimento na prática, mas, ao invés disso, têm recebido inúmeras manifestações contrárias ao maior avanço da classe em décadas.
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