9 de junho de 2025

Vizinha ouviu de ex-PM que iria morrer por ajudar namorada dele

Francine Dutra

Publicado em 20/10/2022 14:20

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Foto: reprodução/Câmera de segurança

A vítima das agressões sofridas pelo ex-policial militar Max Kellysson Marques Marreiros relata os momentos de tensão que viveu no dia 28 de agosto de 2022. Ele foi preso em cumprimento de mandado de prisão na última terça-feira (18) dentro de um supermercado na zona Sul de Teresina. Max já responde a um processo de homicídio.

Em entrevista à TV Clube, a vítima contou que as agressões começaram após ela ajudar a namorada do suspeito, que bateu à sua porta pedindo por socorro.  Apesar de não querer se envolver e ir até o apartamento do casal, a moradora abriu a porta para a namorada do suspeito e disse que chamaria a polícia.  Após isso, ela relatou que o suspeito começou a arrombar a sua porta e foi agredida pelo ex-policial.

“Ele estava batendo na minha porta com um extintor, fez um buraco, abriu a porta. E eu, desesperada. Nessa hora, eu não tinha ligado ainda para a polícia. Liguei, mas não tive nenhum retorno. Ele batendo na porta dizendo que eu ia ver o que ia acontecer comigo. Ele começou a bater na porta dizendo que ia me matar”, disse a vítima.

De acordo com a defesa da vítima, mesmo depois que ela conseguiu fugir de dentro do próprio apartamento, Max continuou a destruir o local. Ele não foi preso em flagrante e fugiu do condomínio.

“Ele não foi preso porque quando a polícia chegou no local, ele foi em direção à garagem e fugiu em um Onix vinho, a polícia foi atrás dele, mas não conseguiu alcançá-lo”, disse a advogada de defesa Taline Prado.

O processo envolvendo a tentativa de homicídio contra a vizinha estava em segredo de justiça, com divulgação após a prisão do suspeito nesta semana.

Prisão no supermercado

O ex-policial militar Max Kellysson Marques Marreiros, de 26 anos, acusado de matar o técnico em radiologia Rudson Vieira Batista da Silva, foi preso novamente na terça-feira (18), em um supermercado na zona Sul de Teresina.

Dessa vez, a prisão aconteceu por conta do cumprimento de um mandado referente a um processo de agressão contra uma mulher em um condomínio da zona Leste da capital, no dia 28 de agosto de 2022.

Max passou a ser foragido após a Justiça expedir um mandado de prisão por tentativa de homicídio contra a vizinha.

Caso Rudson

Max já responde pela morte do técnico em radiologia Rudson Vieira durante uma briga em um bar em dezembro de 2019.

Rudson foi atingido por um tiro dentro de uma casa de shows em uma briga com o ex-policial. Na época, Max foi preso em flagrante e teve a arma de fogo apreendida, no dia seguinte, durante a audiência de custódia, ele recebeu liberdade provisória e, duas semanas depois, a Justiça do Piauí decidiu manter em liberdade o acusado.

Até então, Max era policial, mas corregedoria da PM-PI instaurou um processo administrativo e a Procuradoria-Geral do Estado decidiu pela expulsão da corporação.

Durante seu julgamento, ele afirmou ter atirado contra Rudson em legítima defesa.“Eu atinge em direção ao braço dele, só que ele estava em movimento. Pegou na região do ombro. Eu não sei, parece que deve ter batido no osso e desviado para outro local, mas a minha intenção jamais foi ceifar a vida desse rapaz, que nem conheço. Não sou bandido, nem assassino”, argumentou. 

Esse ano, um novo mandado de prisão preventiva foi expedido pela morte do técnico, mas o documento foi suspenso por causa de procedimentos burocráticos.

“Ele (Max) reapareceu esses dias após a suspensão do mandado do processo, que vitimou o Rudson de homicídio. O nosso mandado de prisão estava pendente de cumprimento ainda, estava correndo em sigilo. Por isso, agora quando ele reapareceu, ele foi identificado em um supermercado de Teresina e a Delegacia de Capturas, com o delegado Eduardo Aquino efetuou a prisão. Já foi feita a audiência de custódia de cumprimento de mandado e ele já foi encaminhado para o sistema prisional”, ressalta Taline.

O espaço está aberto para a defesa do ex-policial.

Imagens de uma câmera de segurança do estabelecimento mostram o momento da prisão.

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