O chef de cozinha Luís Felipe Feitosa denunciou que foi vítima de injúria racial em uma academia na cidade de Picos. Em vídeo publicado nas suas redes sociais, o chef contou que estava fazendo exercício em uma máquina, quando uma mulher perguntou se ele iria demorar.
Ao responder que ainda ia demorar um pouco, a mulher começou a ofendê-lo, falando que a academia aceitava qualquer “tipo de gentinha”. O caso foi registrado na Delegacia de Picos.
“Eu falei que demoraria um pouco, porque a repetição era demorada. A partir daí ela começou a usar palavras ofensivas comigo, dizendo que a academia aceitava qualquer tipo de ‘gentinha’, que não sabia como a academia aceitava qualquer tipo de gente, que deveria aceitar gente como ela, que é uma pessoa da sociedade”, afirmou.
Apesar das ofensas, Luís Felipe disse que permaneceu calado até a mulher ir para a recepção e continuar a falar sobre o assunto.
“Fui até a recepção e perguntei o que ela ainda queria e expliquei para a recepcionista o que estava acontecendo e disse que a moça estava babujando do meu lado’ e ela falou ‘babujando não, quem babuja é você seu macaco’”, relembrou.
De acordo com o chef, a mulher também ofendeu a esposa dele com palavras de baixo calão. “Eu nunca pensei em passar um caso desse nos dias de hoje”, disse Luís Felipe nas redes sociais.
A vítima informou que está tomando as providências cabíveis e que a academia onde ocorreu o fato está prestando apoio a ele. O delegado José Neto comunicou que o caso segue em investigação.
“Já escutamos a vítima, a esposa da vítima, que também sofreu injúria racial, e tem também uma testemunha para escutar e vamos ouvir a possível autora dos fatos, declarou.
Em nota, a OAB subseção de Picos repudiou qualquer manifestação discriminatória e informou que estará vigilante para qualquer fato de ofensa racial. Leia na íntegra:
A OAB Subseção de Picos, através de seus representantes, vem, por meio desta nota, externar seu repúdio a qualquer manifestação discriminatória que atente aos princípios humanitários e jurídicos universalmente consolidados em relação à igualdade racial, contemplados, dentre outros diplomas normativos da mais alta hierarquia, pela Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.
Estaremos vigilantes para qualquer fato de ofensa racial e esperamos que medidas cabíveis sejam adotadas, preservando-se o devido processo legal.
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