
Kelvyn Coutinho*
kelvyn@tvclube.com.br
Vereadores da Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Teresina afirmaram que pode ser instaurada uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar a situação do Hospital Geral do Buenos Aires, onde o Conselho Regional de Medicina do Piauí (CRM-PI) e o Ministério Público investigam a morte de um bebê. O hospital está interditado por decisão ética.
Parlamentarem estiveram na unidade hospitalar nesta quinta-feira (1º) para acompanhar a situação do local. Segundo o vereador Luiz Lobão (MDB), após receberem denúncias sobre falta de atendimento no hospital, os vereadores convocaram o presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Gilberto Albuquerque, para falar sobre o assunto.
“É extremamente necessário para Teresina que no Hospital do Buenos Aires funcione a parte clínica e a maternidade, já que essa unidade oferece atendimento para toda essa região Norte da cidade. A gente já sabia que estava acontecendo isso e já tinha sido feita denúncia. O Dr. Gilberto, presidente da Fundação, foi convocado três vezes à Câmara Municipal de Teresina para prestar esclarecimentos e mesmo assim a coisa chegou a esse ponto”, disse o vereador Luiz Lobão.
De acordo com o vereador Enzo Samuel (PDT), antes de instaurar uma CPI, a Câmara vai procurar diálogo com a prefeitura e os órgãos fiscalizadores para encontrar uma solução para o problema do hospital.
“Recentemente nós discutimos o orçamento e fizemos remanejamentos. Inclusive um desses remanejamentos foi para a área da saúde. Um dos grandes problemas hoje dos hospitais, das unidades básicas, é a ausência de insumos e de alguns profissionais. O momento agora é procurar o diálogo, sentar a Prefeitura Municipal de Teresina, o Ministério Público, o Conselho Regional de Medicina e a Câmara Municipal para que a gente possa resolver esse problema o quanto antes”, afirmou.
Enzo classificou a questão como uma crise e declarou que a questão será apurada de perto pelo Legislativo.
“Isto é grave, isto é uma crise, a maioria das pessoas que se utilizam do serviço da saúde de Teresina não tem condição de pagar por uma saúde privada, então nós precisamos dar logo essa resposta e a Câmara sempre esteve atenta. Quero dizer aqui que vamos acompanhar de perto e vamos buscar uma solução”, completou.
*Estagiário sob supervisão da jornalista Malu Barreto.
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