Thalef Santos e Malu Barreto
malubarreto@tvclube.com.br
Estudantes, docentes e pessoas próximas de Janaina Bezerra da Silva, estudante morta após calourada na Universidade Federal do Piauí (UFPI) no sábado (28), realizaram atividades na instituição, em teor de homenagem, protesto e justiça. O ato aconteceu em frente à reitoria da UFPI por volta das 16h desta segunda-feira (30).
A família de Janaína estava presente na homenagem e sua mãe, Maria do Socorro da Silva, usou o carro de som para falar da sua tristeza com a morte da filha e pedir justiça. “Destruíram o sonho da minha filha. Eu só peço justiça. Choro todos os dias lembrando da dela”.
No local, foram produzidos cartazes pelo Centro Acadêmico de Pedagogia e flores brancas e amarelas foram distribuídas para as mulheres. Velas também foram acesas para homenagear a jovem.
Gloria Maria, representante do Centro Acadêmico do curso de Jornalismo, informou que após a concentração o grupo segue ao espaço “carretel” em vigília. Ela afirma que não há confirmação de que a manifestação entre em caráter de protesto com reivindicações.
Ao Portal ClubeNews, o diretor do DCE, Fábio Andrade, conta que ao contrário do informado em nota pela universidade, apesar de não haver formalização, a instituição tinha conhecimento de que a festa iria acontecer.
Fábio diz que assim, como a amiga de Janaina, Rainara, as mulheres da administração do DCE estão abaladas e, por isso, não podem conceder entrevistas no momento. Rainara também faz parte da comissão gestora do DCE.
Em comunicado em carro de som, a integrante do DCE, Clara Bispo, pede que a universidade agilize um protocolo para a melhoria da segurança interna.
“Muito estarrecedor a notícia, de ser tão próximo, tão parecida com nós, um crime tão violento, e ninguém tem se responsabilizado pelos nossos corpos, pelas nossas vidas. A gente marcou esse ponto de encontro, para falar da nossa segurança. Queremos um protocolo efetivo que vai além de vistoria nos corredores. Queremos ter a certeza de que se formos assediadas, vamos ser ouvidas e o assediador será punido”.
Clara disse ainda que o momento é de honrar e impedir que a memória de Janaína seja silenciada, além de pedir Justiça.
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