9 de junho de 2025

Robert Rios denuncia pagamentos irregulares na FMS e expõe áudio de servidor

Jonas Carvalho

Repórter
Publicado em 16/02/2023 17:10

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Robert Rios sendo ouvido na Câmara dos Vereadores de Teresina (Foto: Jonas Carvalho/ ClubeNews)

O vice-prefeito de Teresina, Robert Rios Magalhães (sem partido), prestou depoimento, na manhã desta quinta-feira (16), na Câmara Municipal de Teresina, acerca das denúncias sobre possíveis irregularidades na Fundação Municipal de Saúde (FMS).

Robert Rios alegou a provável realização de pagamentos irregulares feitos pela FMS e a descentralização dos serviços de licitação.

Em entrevista à imprensa, Robert Rios explicou como estariam sendo feitos os pagamentos. O vice-prefeito atribuiu o problema à concentração dos processos licitatórios à Secretaria de Administração, que passou a gerir os contratos da Prefeitura. “Um diretor [de hospital] colocava 30 plantões para ele mesmo. A pessoa que deveria ganhar R$ 8 mil, estava ganhando R$ 40 mil. Tinha pessoas que chegavam a receber mais de R$ 90 mil”, declarou.

“A folha pagamento estava inchada, ou seja, gente recebendo mais do que devia receber e a auditoria foi feita apenas na folha de pagamento. Precisa auditar o restante, os contratos da Prefeitura, os serviços comprados através da Fundação Municipal de Saúde”, completou.

A sessão durou cerca de três horas e contou com a presença de 17 vereadores da Casa. Os parlamentares questionaram o vice-prefeito quanto às colocações apresentadas. Ao final da oitiva, a Comissão Especial de vereadores – montada com a finalidade de analisar as denúncias – se reuniu para dar encaminhamento aos próximos passos da investigação.

Áudio vazado

Durante o depoimento, Robert Rios reproduziu uma gravação de áudio, atribuído a um servidor da Prefeitura de Teresina. Segundo Rios, o servidor é lotado na Secretaria de Finanças e foi procurado para autorizar a liberação de R$ 82 milhões à FMS.

A quantia teria a finalidade de cobrir um déficit na pasta provocado, segundo o vice-prefeito, por uma possível irregularidade nas contas da Fundação.

“Tem um servidor, que eu não sei o nome dele e que é abaixo da secretária de Finanças, que quando falta dinheiro nas pastas, ele vai lá e pede um reforço no orçamento. E é esse servidor que faz. Foram até esse servidor para fechar um buraco de R$ 82 milhões e esse servidor se nega”, disse.

Ouça o momento da reprodução do áudio:

Novos encaminhamentos

Robert Rios defendeu a abertura de um inquérito policial e que o Poder Legislativo acione os órgãos de controle. “Deve ser aberto o inquérito policial para a polícia investigar e periciar. O Tribunal de Contas já está fazendo suas investigações e o Ministério Público também já iniciou as suas investigações e a Câmara está atuando”, finalizou.

O relator da Comissão Especial, vereador Leonardo Eulálio (PL), destacou como grave as declarações de Robert Rios e que os nomes citados durante o depoimento serão convocados pela Câmara para esclarecer os pontos levantados. “Vamos chamar os responsáveis pelos recursos humanos da FMS para serem ouvidos”.

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