
A Comissão Especial para Auditoria na Fundação Municipal de Saúde (FMS) foi prorrogada por mais 15 dias. O decreto com o novo prazo está publicado no Diário Oficial do Município, do dia 24 de fevereiro, e assinado pelo prefeito de Teresina, Dr. Pessoa, e Glaydston Saldanha, secretário municipal de Governo em exercício.
O novo decreto dispõe que a comissão foi prorrogada para dar continuidade na análise dos contratos, compras e processos de pagamento da FMS, que foi alvo de denúncia por parte do vice-prefeito de Teresina, Robert Rios.
Ao final dos trabalhos, a Comissão Especial deverá apresentar relatório conclusivo da auditoria executada. Ela é formada pelos membros da Procuradoria-Geral do Município, da Receita do Município e da FMS. Inicialmente, essa comissão foi formada no dia 26 de janeiro de 2023.
TCE
Em entrevista à TV Clube, nesta sexta-feira (24), o presidente Kennedy Barros explicou que os técnicos irão acompanhar os depoimentos, paralelamente aos trabalhos investigativos da Corte de Contas.
FOLHA DE PAGAMENTO
O ex-controlador geral de Teresina, Ricardo Teixeira, disse que a Procuradoria Geral do Município (PGM) apontou divergências quanto ao pagamento de valores referentes aos plantões cumpridos por médicos da Fundação Municipal de Saúde (FMS). Ricardo Teixeira foi sabatinado pela Comissão Especial de vereadores, nesta quinta-feira (23), na Câmara Municipal.
Em 2022, a PGM realizou uma auditoria nas contas da FMS analisando a folha de pagamentos do órgão, os contratos de terceirização dos servidores e o processo de aquisição de medicamentos.
Segundo Teixeira, que coordenou a auditoria, entre os meses de janeiro de 2021 e junho de 2022, servidores de tempo integral estariam recebendo valores de plantões extras – situação que, segundo ele, seria irregular.
O QUE DIZ ROBERT RIOS
O vice-prefeito de Teresina, Robert Rios Magalhães (sem partido), relatou, na Câmara Municipal de Teresina, sobre as denúncias sobre possíveis irregularidades na Fundação Municipal de Saúde (FMS), no dia 16 de fevereiro. A CMT realiza oitivas para apurar as denúncias do vice-prefeito.
Robert Rios alegou a provável realização de pagamentos irregulares feitos pela FMS e a descentralização dos serviços de licitação. Em entrevista à imprensa, Robert Rios explicou como estariam sendo feitos os pagamentos.
O vice-prefeito atribuiu o problema à concentração dos processos licitatórios à Secretaria de Administração, que passou a gerir os contratos da Prefeitura. “Um diretor [de hospital] colocava 30 plantões para ele mesmo. A pessoa que deveria ganhar R$ 8 mil, estava ganhando R$ 40 mil. Tinha pessoas que chegavam a receber mais de R$ 90 mil”, declarou.
CMT CRIA COMISSÃO ESPECIAL
Os vereadores da Câmara Municipal de Teresina (CMT) aprovaram, no dia 7 de fevereiro, a criação de uma Comissão Parlamentar para apurar as denúncias realizadas pelo vice-prefeito Robert Rios (sem partido) contra a Fundação Municipal de Saúde (FMS). Dos 29 vereadores, 23 votaram a favor da comissão.
– Presidente: Deolindo Moura (PT)
– Relator: Leonardo Eulálio (PL)
– Membros: Ismael Silva (PSD), Luiz Lobão (MDB) e Roberval Queiroz (União Brasil).
– Suplentes: Bruno Vilarinho (PTB) e Gustavo de Carvalho (PSDB)
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