
Isadora Cavalcante*
isadora.cavalcante@tvclube.com.br
Os motoristas e cobradores do transporte coletivo de Teresina – de três empresas – suspenderam as viagens na manhã desta segunda-feira (27), por duas horas. Os profissionais atuam na zona Sudeste e reivindicam o pagamento do vale-alimentação no valor de R$ 170.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários No Estado do Piauí (Sintetro), Antônio Cardoso, contou ao Portal ClubeNews que a mobilização ocorreu devido ao não repasse do dinheiro referente aos dias trabalhado ainda no mês de janeiro. O valor deveria ser pago no dia 15 de fevereiro.
“Na realidade, nem era na última sexta-feira (24), esse R$ 170 era de janeiro e (eles) tinham até o dia 15 de fevereiro para pagar. E eles não pagaram”, disse.
Apenas as empresas Transporte Teresina, Emtracol e Transfacil estariam sem realizar o pagamento, segundo o sindicato.
Outro Lado
Procurado pela equipe de reportagem para esclarecimentos, o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) informou que qualquer paralisação realizada pela empresa de transporte coletivo será considerada irregular.
Em justificativa, o Setut diz que alguns funcionários buscam receber, por decisão pessoal, os auxílios saúde e alimentação fora do período correto e que a empresa de Transporte Teresina não pode ofertar benefícios ainda não negociados.
Na nota, o Setut reforça a situação de irregularidade nos repasses de verbas por parte da Prefeitura de Teresina.
Confira a nota na íntegra:
O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT) informa que será irregular e abusiva, qualquer paralisação que alguns dirigentes sindicais possam vir a realizar nos terminais do sistema.
Alguns desses sindicalistas, por decisão pessoal, estão buscando receber o auxílio saúde e auxílio do ticket alimentação, fora do período correto, uma vez que a Convenção Coletiva de Trabalho para 2023 ainda está em negociação pelos dois sindicatos e, com isso, as empresas não podem conceder benefícios ainda não negociados.
Além do motivo acima, infelizmente o sistema ainda carece do repasse financeiro contratual por parte da prefeitura, para os consórcios operacionais poderem fazer suas obrigações.
O SETUT já está tomando as providências jurídicas necessárias para coibir essa ação de alguns sindicalistas, e reitera que essa ação de paralisação de forma irregular prejudica sobremaneira a sociedade, notadamente os clientes usuários do transporte, que necessitam diariamente se deslocarem.
*Estagiário sob supervisão da jornalista Carlienne Carpaso
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