Emanuel Pereira*
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Nesta matéria especial, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, o Portal ClubeNews apresenta o recomeço da confeiteira Cibele Macedo. Em meio à obscuridade de um câncer de mama, brilhou sua vontade de viver e de adoçar a vida das pessoas.
Ser confeiteira é sinônimo de marcar presença em momentos nos quais a vida merece uma celebração, mesmo quando a jornada dessas profissionais é marcada pela angústia de enfrentar um câncer. Independente das circunstâncias, o importante é transformar açúcar em amor.
Existe uma maneira para superar as adversidades? Para Cibele Macedo, os ingredientes desta receita são fáceis de encontrar: basta colocar um sorriso no rosto, acrescentar uma dose de coragem e seguir adiante, sem receio do amanhã.
A propósito, é impossível haver um amanhã sem um amanhecer. A transição da escuridão para a luz nos ensina que sempre haverá uma nova chance de recomeçar.
ESPERANÇA RENOVADA
Cibele é paraense, mas reside em Timon (MA). Já foi vendedora de dindin, laranjas e panos de prato. Formada em pedagogia, ela trabalhou em faculdades e na alfabetização de crianças, até receber a notícia que mudou sua vida.
“Fui diagnosticada com câncer de mama e tudo pareceu acabar, pois tive de me ausentar do trabalho por conta do tratamento”, disse.
Tudo pareceu acabar, mas não acabou. Em 2019, veio a cura e a esperança foi renovada, mesmo após ficar sem trabalho.
“Nesse momento, recebi o incentivo de uma amiga para me inscrever em um curso de bolos caseiros e, desde então, estou neste mundo doce da confeitaria”, declarou.
TRANSFORMAR AÇÚCAR EM AMOR
Cibele enfrentou mais um desafio: empreender durante a pandemia da Covid-19. Não foi fácil, mas ela conseguiu.
Há três anos, a confeiteira segue transformando açúcar em amor. Com muita dedicação, ela conquista o doce paladar dos clientes em Teresina e Timon.
SER MULHER
A confeiteira destacou a falta de incentivo ao empreendedorismo feminino, além de destacar as desigualdades entre homens e mulheres em todos os segmentos da sociedade.
“Até agora, continuo trabalhando sozinha, sem nenhum incentivo do poder público municipal. Acredito também que as mulheres são discriminadas e seguem perdendo oportunidades, mesmo ocupando diversos cargos e vários setores”, pontuou.
Por fim, Cibele definiu o significado de “ser mulher”.
“É ser guerreira, batalhadora, mãe, protetora, inteligente e independente. Acredito que tudo isso faça de mim uma verdadeira mulher”, ressaltou.
*Estagiário sob supervisão da jornalista Carlienne Carpaso
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