Emanuel Pereira*
emanuelpereira@tvclube.com.br
Com linha e agulha, o jovem Cláudio Henrique – conhecido como Ricky – produz camisas masculinas e tece a esperança de uma vida mais tranquila à sua família. Inspirado na mãe costureira, o rapaz de 24 anos sonha com um futuro próspero ao exercer a arte da costura.
Residente no município de Campo Maior (PI), Ricky também começou seu negócio para cuidar da saúde mental. O empreendedor relata que sofre de ansiedade, assim como a maioria da comunidade LGBTQIAP+. Compreender a sexualidade foi um desafio para ele, especialmente porque a intolerância ainda permeia na sociedade.
“Vivenciei situações de preconceito logo na infância. Na época não sabia o motivo, mas agora eu compreendo que era homofobia”, disse.
Mas Cláudio Henrique superou as adversidades e reescreveu sua história de vida ao lançar sua própria marca de roupas. Por esta razão, ele foi convidado para esta matéria especial da série “Nas cores do arco-íris“, na qual o Portal ClubeNews vai contar uma jornada de sucesso ainda em construção, mas que inspira jovens e adultos da comunidade LGBTQIAP+.
MÃE INSPIRADORA
Dona Maria Silva, mãe de Ricky, é costureira em uma fábrica de roupas da cidade. Ele começou a trabalhar no mesmo local em 2022, para aprender a costurar e ajudar nas despesas de casa. Segundo o rapaz, a família passava por momentos de dificuldades.
“Meu pai estava sem emprego e somente ela estava trabalhando. Então, resolvi ajudar de alguma forma, mas foi um processo conturbado, pois tive algumas crises de ansiedade”, relatou.
Em novembro do ano passado, o jovem decidiu criar sua própria coleção de camisas masculinas e montou uma loja virtual. A mãe ensinou tudo o que sabe sobre costura para ver o filho progredir.
“Herdei dela esse talento. Minha mãe é um exemplo de perseverança porque sempre fez o seu trabalho com amor e nunca desiste, apesar das dificuldades. Ela é minha maior inspiração”, pontuou.
EMPREENDER
Ricky também começou a empreender por necessidades financeira. Além da renda, a loja virtual provê esperança ao jovem.
“Foi um meio que encontrei para colocar algo produtivo em mente, na expectativa de que a situação mudasse para mim e minha família. Quando criei a loja nas redes sociais, vi que poderia dar certo”, ressaltou.
Sua família acolhedora – especialmente sua mãe – apoia o sonho empreendedor do rapaz. Além disso, seus pais não tiveram dificuldades para compreender a sexualidade e oferecer apoio ao jovem.
“Contei sobre minha condição sexual quando eu tinha 17 anos e meus pais me deram suporte. Sou muito grato por ter eles em minha vida”, frisou.
O QUE ESPERAR DO FUTURO?
A confecção de camisas proporcionou novos objetivos à vida do rapaz. Agora, ele pretende criar uma loja física, para realizar um sonho que também pertence à dona Maria.
“Minha mãe sempre quis ser dona de uma loja. Tudo que ela faz é com qualidade; e eu tento trazer esse capricho para as peças que faço. Apesar de não haver incentivo financeiro, almejo ter um espaço para montar minha própria loja”, finalizou.
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*Estagiário sob supervisão da jornalista Carlienne Carpaso
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