Nas cores do arco-íris: casal inicia namoro e negócio após encontro em tatame no Piauí

Simone e Gabriela estão juntas desde 2021 e empreendem no ramo de presentes personalizados

Gabriela e Simone estão juntas desde 2021 (Foto: reprodução/Instagram @kactuspresentespersonalizados)

Emanuel Pereira*
emanuelpereira@tvclube.com.br

A empresária Simone Silva conheceu Gabriela Silva, de 24 anos, na aula de jiu-jítsu, em Teresina (PI). O encontro no tatame se transformou em amizade, depois em namoro e, agora, elas também dividem a gestão de uma empresa no segmento de produtos personalizados.

Na quarta matéria especial da série “Nas cores do arco-íris“, o Portal ClubeNews conta a história de um casal de mulheres de negócios. No tatame, elas lutam jiu-jítsu e, fora dele, lutam para alcançar a prosperidade e dar voz à comunidade LGBTQIAP+ em Teresina.

O casal empreende na área de produtos personalizados (Foto: reprodução/Instagram @kactuspresentespersonalizados)

EMPREENDEDORISMO

O negócio começou três anos antes do casal se conhecer. Em 2018, Simone cursava pós-graduação e estava desempregada. A iniciativa de empreender surgiu quando uma amiga a presenteou com uma caneca customizada. Simone investiu em conhecimento e o negócio deu certo.

“Esse presente despertou meu interesse de trabalhar com produtos personalizados. Participei de vários cursos, feiras e eventos para me aperfeiçoar e, desde então, não parei mais”, disse.

Em 2021, Simone conheceu um novo motivo para permanecer no mundo do empreendedorismo. Gabriela se tornou namorada e sócia da empreendedora. “Agora ela faz parte da minha vida e da loja. Trabalhamos e crescemos juntas”, relatou.

O casal empreende na área de produtos personalizados (Foto: reprodução/Instagram @kactuspresentespersonalizados)

PRECONCEITO

Felizmente, o casal nunca passou por situações de preconceito no trabalho. Simone afirma que muitos clientes parabenizam o casal pela iniciativa de empreender.

“Quando alguém sabe que duas mulheres da comunidade LGBTQIAP+ estão à frente da empresa. Sempre nos tratam com respeito e admiração”, frisou.

No entanto, ambas são conscientes de que os direitos deste público são violados constantemente por conta da intolerância.

O casal acredita que grandes empresas devem conceder mais espaço à comunidade para combater a homofobia, assim como o Estado deve fomentar políticas públicas com este mesmo propósito.

“Não vejo muito incentivo do poder público em relação aos empreendedores da comunidade. Faltam políticas públicas de incentivo e campanhas com o público LGBTQIA+. Algumas empresas que já fizeram campanhas com esse público foram bastantes criticadas, como se amar alguém do mesmo sexo fosse algo abominável. Precisamos conversar mais sobre esse tema”, concluiu.

*Estagiário sob supervisão da jornalista Carlienne Carpaso

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