Emanuel Pereira*
emanuelpereira@tvclube.com.br
A empresária Simone Silva conheceu Gabriela Silva, de 24 anos, na aula de jiu-jítsu, em Teresina (PI). O encontro no tatame se transformou em amizade, depois em namoro e, agora, elas também dividem a gestão de uma empresa no segmento de produtos personalizados.
Na quarta matéria especial da série “Nas cores do arco-íris“, o Portal ClubeNews conta a história de um casal de mulheres de negócios. No tatame, elas lutam jiu-jítsu e, fora dele, lutam para alcançar a prosperidade e dar voz à comunidade LGBTQIAP+ em Teresina.
EMPREENDEDORISMO
O negócio começou três anos antes do casal se conhecer. Em 2018, Simone cursava pós-graduação e estava desempregada. A iniciativa de empreender surgiu quando uma amiga a presenteou com uma caneca customizada. Simone investiu em conhecimento e o negócio deu certo.
“Esse presente despertou meu interesse de trabalhar com produtos personalizados. Participei de vários cursos, feiras e eventos para me aperfeiçoar e, desde então, não parei mais”, disse.
Em 2021, Simone conheceu um novo motivo para permanecer no mundo do empreendedorismo. Gabriela se tornou namorada e sócia da empreendedora. “Agora ela faz parte da minha vida e da loja. Trabalhamos e crescemos juntas”, relatou.
PRECONCEITO
Felizmente, o casal nunca passou por situações de preconceito no trabalho. Simone afirma que muitos clientes parabenizam o casal pela iniciativa de empreender.
“Quando alguém sabe que duas mulheres da comunidade LGBTQIAP+ estão à frente da empresa. Sempre nos tratam com respeito e admiração”, frisou.
No entanto, ambas são conscientes de que os direitos deste público são violados constantemente por conta da intolerância.
O casal acredita que grandes empresas devem conceder mais espaço à comunidade para combater a homofobia, assim como o Estado deve fomentar políticas públicas com este mesmo propósito.
“Não vejo muito incentivo do poder público em relação aos empreendedores da comunidade. Faltam políticas públicas de incentivo e campanhas com o público LGBTQIA+. Algumas empresas que já fizeram campanhas com esse público foram bastantes criticadas, como se amar alguém do mesmo sexo fosse algo abominável. Precisamos conversar mais sobre esse tema”, concluiu.
*Estagiário sob supervisão da jornalista Carlienne Carpaso
LEIA MAIS
Nas cores do arco-íris: artista produz objetos para comunidade LGBTQIAP+
Nas cores do arco-íris: loja geek surge da relação entre fotógrafo e professor
Siga o Portal ClubeNews no Instagram e no Facebook.
Envie sua sugestão de pauta para nosso WhatsApp ou Telegram
Siga o Portal ClubeNews no Instagram e no Facebook.
Envie sua sugestão de pauta para nosso WhatsApp e Entre na nossa comunidade.
Confira as últimas notícias: clique aqui!
∴ Compartilhar