Emanuel Pereira*
emanuelpereira@tvclube.com.br
A série “Nas cores do arco-íris”, que apresenta histórias de membros da comunidade LGBTQIAP+, motivou o Portal ClubeNews a escrever conteúdos sobre saúde-mental voltados a este público. Quase todos os personagens relataram sofrer crises de ansiedade motivadas pelo preconceito, cujo início ocorreu durante a infância, no ambiente escolar.
O psicólogo Kaio Rodrigues destacou que agressões físicas e verbais na escola, também conhecidas como bullying, eram rotineiras para a maioria dos jovens e adultos desta comunidade. Essas situações geram traumas que interferem na maneira como a pessoa se relaciona com a sociedade, além de causar problemas de confiança e autoestima.
Segundo o profissional, crenças como o desvalor, desamparo e o desamor são comuns em adultos LGBTs que sofreram abusos psicológicos durante a infância.
“Neste caso, a pessoa não percebe seu real valor, pois ela não foi valorizada durante a infância e as situações de agressão não foram interrompidas. O adulto também pode se sentir desamparado se, nestas situações de sofrimento, não foi devidamente socorrida de quem deveria cuidar dele”, disse.
Kaio enfatiza a crença do desamor, na qual o LGBT não consegue amar a si mesmo no processo de descoberta e compreensão de sua sexualidade.
“O adulto não consegue avaliar seu amor-próprio em função de todos os abusos sofridos quando criança, em função da sua sexualidade. Esta e as demais crenças levam a pessoa a outros problemas, como a depressão”, pontuou.
INSEGURANÇA NA ESCOLA
A insegurança no ambiente escolar é um fator que prejudica a saúde mental de crianças LGBTs. O psicólogo destaca que professores e coordenadores devem sempre estar atentos para coibir condutas abusivas.
“Muitas vezes, a própria escola ou o meio social em que a criança está inserida estimula as agressões. Essa falta de percepção dos profissionais da escola pode fazer esta pessoa carregar traumas para a vida adulta”, frisou.
PROCURE AJUDA
Receber acompanhamento de um profissional é necessário para aliviar a dor e o sofrimento causado por traumas da infância.
O especialista orienta às pessoas a procurar por ajuda profissional, de psicólogo ou psiquiatra. Já o Centro de Valorização da Vida (CVV) disponibiliza um chat gratuito e disponível 24h por dia, por meio do número 188.
*Estagiário sob supervisão da jornalista Carlienne Carpaso
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