Emanuel Pereira*
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Há muitas décadas, no município de Piripiri (PI), uma dona de casa chamada Hilda Ferreira adorava cozinhar e, dentre suas comidas prediletas, os biscoitos de fécula de batata reuniam toda a família no fim de tarde, para tomar um cafezinho.
A receita foi transmitida a todas as gerações, até chegar ao seu bisneto, Aldênio Neto, de 23 anos. Dona Hilda já não está mais presente desde 2013, mas sua história de dedicação inspirou seus familiares a criar um empreendimento, cujo propósito é aproximar amigos e parentes para tomar um cafezinho com biscoitos artesanais, no fim de tarde, em Teresina.
O negócio foi criado há mais de seis anos e produz nove sabores da iguaria. Além do bisneto, também fazem parte da produção a tia, Mariane, e a avó, Rosa Helena, que transformou a receita em fonte de renda.
“Minha bisavó preparava jantares em casa para servir em eventos, mas também sempre gostou de cozinhar para a família. O biscoito de fécula era uma das melhores receitas, tanto que ela ensinou o modo de preparo às minhas tias e minha avó, a responsável por tomar a iniciativa de vender os biscoitos e criar novos sabores”, disse Aldênio.
O sabor original (fécula de batata), é um dos mais encomendados pelos clientes e permanece no cardápio em honra à memória de Dona Hilda. A família também apostou nos sabores goiabinha, cebola, limão-siciliano, queijo, canela, chocolate, queijo com castanha e sequilho.
Nos períodos sazonais, como a Páscoa, os empreendedores exploram a criatividade e oferecem novos produtos aos consumidores.
“Nestas épocas, sempre buscamos inovação. Nesta páscoa, por exemplo, nós produzimos os biscoitos em formato de coelho para atrair novos clientes”, afirmou.
O DIFERENCIAL
Aldênio relata que trabalhar com familiares e inspirado na receita da bisavó torna seu trabalho mais leve. Segundo ele, os biscoitos artesanais são diferenciados, pois carregam a história de uma família que preza pela qualidade e valoriza a origem do negócio.
“Provavelmente, minha bisavó também aprendeu as receitas com a mãe ou a avó dela. A gente se sente seguro por vender, ao consumidor, um produto que atravessou gerações para gerar renda à família”, pontuou.
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*Estagiário sob supervisão da jornalista Malu Barreto
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