Após reprodução simulada e escaneamento da área em 3D, foi confirmado pela delegada Nathália Figueiredo, do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), que o disparo que matou a menina Débora Vitória, de seis anos, partiu da arma do policial militar José da Cruz Bernardes Filho.
A delegada destaca que a reprodução foi necessária para checar a consistência dos depoimentos dados pelo PM, pelo suspeito de ter cometido o assalto, Clemilson da Conceição Rodrigues, e pela mãe da menina, Dayane Gomes.
“O policial apresentou versões em que foram analisadas a consistência de cada uma delas. Ou seja, havia a possibilidade do disparo realizado por Clemilson ter atingido a criança de acordo com a a posição que ele colocou cada um dos atores, porém foi totalmente descartado justamente pela microcomparação balística (feita em novembro) que é categórica e é uma prova objetiva, não há como se discutir que a partícula de chumbo encontrado no corpo da criança é a mesma partícula da arma apresentada pelo PM”, relatou a delegada.
Além disso, de acordo com os depoimentos da mãe da criança e do suspeito da tentativa de assalto, o Policial Militar estava alcoolizado e sem saber para que rumo estava atirando.
“É uma situação em que envolvia um civil em uma linha de disparo, pois a mãe e a criança estavam entre os dois. Então diante de tudo isso eu mantive o meu indiciamento, o policial assumiu o risco de produção de resultado.”, conta Nathália Figueiredo.
O inquérito do caso da menina Débora Vitória foi concluído na última sexta-feira (05) e levado para análise do Ministério Público, que deve decidir se aceita o indiciamento do PM José da Cruz Bernardes Filho por homicídio qualificado por dolo eventual e qualificado porque a vítima é menor de 14 anos.
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