Baixa umidade do ar sinaliza proximidade do B-R-O Bró; veja principais cuidados

Tempo quente e seco traz riscos à saúde e ao meio ambiente, apontam especialistas

Temperaturas elevadas e ar pouco úmido afetam piauienses (Foto: Chico Rasta/Ministério do Turismo)

Eric Souza*
ericsouza@tvclube.com.br

A baixa umidade relativa do ar tem feito parte da rotina dos piauienses. Apenas neste mês, o estado recebeu alerta do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) em quatro ocasiões, saltando de 24 para 144 municípios com índices entre 20% e 30%.

Esses números são explicados pela proximidade do B-R-O Bró, o período mais quente do ano. Segundo o climatologista Werton Costa, o cenário atual é de estiagem; ou seja, quando as chuvas cessam e o corredor de umidade, que a transporta do oceano para o continente, se distancia.

“Há uma redução na quantidade de nuvens, entrada de energia radiante [luz] e temperaturas mais elevadas, as quais evaporam a água absorvida durante a época chuvosa. O tempo seco, portanto, está relacionado à diminuição da concentração de água no solo e no céu”, destaca.

Werton Costa, climatologista (Foto: Carlienne Carpaso/Portal ClubeNews)

Werton aponta ainda que os baixos índices representam riscos à natureza à medida que aumentam a probabilidade de incêndios florestais.

“A inflamabilidade da biomassa aumenta e prolifera os focos de queimadas, além de liberar materiais tóxicos, como monóxido e dióxido de carbono, que prejudicam a vegetação e favorecem as doenças respiratórias”, elenca.

Cuidados com a saúde

O meio ambiente, no entanto, não é o único que está sujeito às consequências do tempo seco. A saúde humana também pode ser bastante prejudicada nesse cenário.

Conforme explica o médico otorrinolaringologista Linkelson Batista, o período que antecede o B-R-O Bró geralmente produz um acúmulo de secreção no sistema respiratório.

“A fluidez do processo fisiológico é comprometida pela baixa umidade, que altera o sistema imunológico e impacta os momentos de trabalho, lazer e demais atividades”, afirma.

Linkelson Batista, médico otorrinolaringologista (Foto: TV Clube)

Linkelson destaca que o uso de ar-condicionado e ventilador ajudam a combater o calor, mas lembra a necessidade de limpezas periódicas nos aparelhos.

“Outra possibilidade é recorrer às bacias de água, às toalhas molhadas. Quem é alérgico precisa ter moderação, pois o excesso de umidade também afeta as vias aéreas”, ressalta.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) enumera as seguintes dicas: beber bastante líquido; evitar desgaste físico nas horas mais secas; evitar exposição ao sol nas horas mais quentes; obter mais informações junto à Defesa Civil (telefone 199) e ao Corpo de Bombeiros (telefone 193).

*Estagiário sob supervisão da jornalista Malu Barreto

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