
Apenas uma viatura da Guarda Civil Municipal de Teresina (GCM) fará o acompanhamento operacional das equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de forma temporária nas regiões consideradas “perigosas”. A informação foi confirmada pelo secretário de Governo, Michel Saldanha, nesta terça-feira (18).
Segundo o secretário, a Prefeitura de Teresina aguarda uma reunião com a Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI) para definir na participação da Polícia Militar na segurança dos profissionais.
“Designamos uma viatura da nossa Guarda Municipal para que pudesse, já a partir de ontem (17), fazer o atendimento juntamente com os profissionais da saúde naquelas regiões que são consideradas violentas e inseguras, e também nos casos em que se tratam de violência por arma de fogo. Nesse sentido, nós de maneira emergencial estamos fazendo isso”, informou.
No dia 15 de julho, a enfermeira Laurimary Caminha e o motorista de uma ambulância do SAMU, identificado como Anderson, foram baleados durante atendimento na zona Sul de Teresina. A situação motivou protesto da categoria, que denuncia a insegurança e reivindica melhores condições de trabalho.
De acordo com Saldanha, a medida tem caráter emergencial. “Não queremos tomar a função constitucional da Polícia Militar, que é de garantir a segurança do município. O que queremos é contribuir de maneira efetiva e imediata”.
“Sabemos que essa resolução passa pela Polícia Militar e pelo Governo do Estado. Assim, buscaremos um diálogo para traçar a melhor estratégia no sentido de que os profissionais da saúde possam fazer seu atendimento sem nenhum tipo de receio”, destacou.
Atividade temporária
A intenção da Prefeitura é manter a atividade de forma temporária. Nesta terça-feira (18), o chefe da Coordenadoria de Segurança do Município, Danúbio Carvalho, se reúne com a diretoria do SAMU para definir as prioridades nos atendimentos.
“Não pretendemos fazer dessa atividade uma ação contínua. O que nós queremos nesse momento, até que nós possamos dialogar com a Secretaria de Segurança Pública, deslocar a guarda para resguardar o seu patrimônio. Em um cenário como esse, o prefeito não pode ignorar essa situação e deixar os nossos profissionais da saúde desguarnecidos”, disse.
LEIA TAMBÉM