
Na data em que se comemora o Dia Estadual da Consciência Negra, o Governo do Estado, por meio do Instituto de Terras do Piauí (Interpi), entrega os títulos definitivos de propriedade dos territórios por onde Esperança Garcia viveu.
Estão sendo contemplados nesta segunda-feira (6) com a conclusão do processo de regularização fundiária e doação de terras dois territórios quilombolas Riacho Fundo e Queimada Grande, na região de Isaías Coelho.
Em 6 de setembro de 1770, aos 19 anos, Esperança Garcia, mulher negra escravizada, escreveu uma carta endereçada ao então governador, denunciando os maus tratos que ela e seus filhos sofriam.
Esperança Garcia nasceu em 1751, na fazenda Algodões, Nazaré do Piauí. Foi mandada para fazenda Data Poções, em Isaías Coelho, na época em que escreveu a carta.
Essas mesmas terras por onde Esperança Garcia e seus filhos viveram, resiste um povo que não se esquivou da luta pelos seus direitos, dentre eles o direito a terra.
Em 2017, Esperança Garcia foi reconhecida pela OAB/PI como a primeira mulher Advogada do Piauí, pois sua carta foi considerada uma Petição.
O Instituto de Terras do Piauí segue o compromisso de cumprir a política de regularização das terras públicas e devolutas do Estado; prevista na Lei n 7.294/19, em que prioriza a regularização das comunidades tradicionais quilombolas.
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