2 de junho de 2025

Avanço da vacinação resulta na queda dos números de casos da Covid-19

Redação

Publicado em 20/09/2021 11:59

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Foto: Banco de imagens/ Pixabay

Concomitante ao avanço da vacinação contra a COVID-19 no estado do Piauí, respira-se em nosso meio uma atmosfera de otimismo, com o prenúncio de melhores dias para todos nós que aqui vivemos. Já se computa um percentual considerável da população como tendo recebido a primeira dose de uma das vacinas para COVID-19 disponíveis em nosso meio. E, mais cedo que imaginávamos, observamos, aliviadamente, há algumas semanas uma redução do número de casos novos de COVID-19, de casos de formas graves dessa doença e, principalmente, de óbitos em decorrente da mesma.

Os leitos dedicados à COVID-19, esvaziam-se nos hospitais, os quais não funcionam mais próximos ou mesmo na sua capacidade máxima de internação. A vacinação explica estes dados alvissareiros, uma vez que a falta de uma política coordenada do Governo Federal que estimulasse medidas de barreira, como uso de máscara e o evitamento de aglomerações, bem como a ausência da ajuda financeira efetiva que permitisse fechamentos mais rigorosos e duradouros das atividades comerciais, culminou na não observância adequada pela população destas medidas que reduziram a incidência em diversas partes do mundo onde as mesmas foram adequadamente implementadas.

Contudo, este panorama auspicioso confirma o fim da pandemia de COVID-19 em nosso meio? Já podemos, então, relaxar do uso das máscaras e voltar ao nosso dia a dia normal nas atividades não essenciais? Já dá para voltar a frequentar festas, nos aglomerar em ambientes sociais, encher os estádios de futebol, shoppings e salas de cinema, por exemplo? A resposta é NÃO! Assim mesmo, em letras garrafais.

A estratégia de vacinação contra a COVID-19 do Ministério da Saúde, a qual conforme acima exposto dá precocemente sinais de bons resultados, mostra-se acertada em priorizar a vacinação dos grupos com maior risco de adoecer da forma grave da COVID-19 e em aumentar o espaçamento das duas doses das vacinas de modo a cobrir um maior número de pessoas com pelo menos uma dose.

Apesar desta estratégia haver rendido esta rápida resposta tão necessária para aliviar o nosso sofrimento e reduzir o número de vidas perdidas precocemente, a proteção conferida por apenas uma dose da vacina é muito inferior ao esquema completo. Lamentavelmente, devido à ausência de uma quantidade adequada de vacina para a vacinação mais célere de nossa população, um percentual pequeno desta recebeu a segunda dose da vacina, o que garante a proteção máxima possível de ser obtida com a mesma.

Adicionalmente, a variante Delta, que surgiu em outubro de 2020 na Índia, distribuindo-se atualmente por mais de uma centena de países, mostra estar ganhando espaço também em nosso país. Dois fatos, entre outros, tornam essa variante preocupante: (1) a variante Delta tem maior facilidade de transmissão entre uma pessoa contaminada e outra suscetível ao ponto de desbancar a variante que predominava no Reino Unido e se tornar a variante dominante naquela região; (2) a variante Delta tem se mostrado capaz de escapar parcialmente da neutralização dos anticorpos produzidos em nosso organismo em resposta a uma infecção prévia por outra variante ou em resposta às vacinas, embora, felizmente tanto a vacinação completa como a infecção natural ainda sejam capazes de neutralizar esta variante.

Em resumo, é hora de louvar a Deus pelos resultados já obtidos em termo de minimização da pandemia ao mesmo tempo em que fazemos a nossa parte para reduzir cada vez mais a transmissão do vírus usando máscaras, higienizando as mãos antes de tocar o rosto e alimentos, nos vacinando e deixando para festejar aglomeradamente quando a COVID-19 houver desaparecido do nosso país.

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