Em sessão esvaziada, Câmara de Teresina debate mobilidade urbana

O encontro discutiu o diagnóstico de mobilidade urbana de Teresina entre os anos de 2007 a 2019, mas o destaque da sessão foi a ausência dos vereadores. 

Câmara Municipal de Teresina (CMT) tem audiência pública sobre o transporte esvaziada (Foto: Jonas Carvalho)

Jonas Carvalho
jonascarvalho@tvclube.com.br

A audiência pública para discutir a mobilidade urbana de Teresina não contou com a presença de muitos parlamentares na Câmara Municipal de Teresina (CMT), na manhã desta quarta-feira (29). Manifestantes chegaram a ir até à sede da Casa Legislativa, na Avenida Marechal de Castelo Branco, mas nem todos conseguiram participar da audiência.

O encontro discutiu o diagnóstico de mobilidade urbana de Teresina entre os anos de 2007 a 2019, mas o destaque da sessão foi a ausência dos vereadores. O vereador Dudu Borges (PT), participou da abertura da audiência, mas depois deixou a sessão. O parlamentar foi o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou supostas irregularidades em contratos do transporte coletivo, no mês de julho.

Também estiveram presentes na sessão o vereador Valdemir Virgino (Progressistas), que solicitou a audiência; o engenheiro Carlos Henrique, representante da empresa responsável pelo serviço; e poucos manifestantes. A sessão foi transmitida por meio das redes sociais.

 

Prognóstico em andamento

O engenheiro Carlos Henrique explicou que a sessão não abordou proposições à melhoria da mobilidade urbana da Capital e que será necessária a realização de uma nova audiência para a apresentação das propostas à Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) e Prefeitura.

Engenheiro Carlos Henrique. (Foto: Jonas Carvalho)

“A gente vai elaborar uma minuta de projeto de lei que também será objeto de uma nova audiência pública e discussão aqui na Câmara de Vereadores. É fundamental a participação da população. Nós absorvemos todos os comentários, as críticas e as suas sugestões”, esclareceu.

Efeitos benéficos

O vereador Valdemir Virigino disse que a Prefeitura de Teresina tardou em antecipar o debate junto ao legislativo municipal e a sociedade civil. Para ele, as demandas levantadas através do estudo trarão benefícios à cidade em um curto espaço de tempo.

“Até o início de janeiro essas discussões já haviam sido saturadas. Os técnicos da Strans vieram hoje para essa audiência pública exatamente colocando a necessidade desse plano para a nossa cidade. Acredito que com esse trabalho vai ajudar muito [a questão do transporte]”, destacou o parlamentar.

Vereador Valdemir Virgino. (Foto: Jonas Carvalho)

Protesto

No lado de fora do Plenário, um grupo de manifestantes se reuniu e cobrou a entrada na audiência. Em virtude da pandemia da Covid-19, a presença de público no plenário da Casa tem sido restrita a jornalistas, assessores, técnicos e vereadores.

O arquiteto Luan Roosevelt – membro da Auditoria Popular do transporte público de Teresina – cobrou maior transparência do Executivo Municipal e disse que falta diálogo para dar maior celeridade às demandas da população.

“A gente entregou vários ofícios ao superintendente, fizemos proposições técnicas em relação às linhas de ônibus da cidade em relação aos terminais de ônibus e retorno emergencial desse transporte. Infelizmente fomos recebidos muito mal. Isso é ruim porque há uma ruptura no diálogo entre a Prefeitura e a sociedade”, relatou o arquiteto.

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