Ministério Público tem a primeira promotora a atuar em sessão do Tribunal do Júri em Teresina

Tallita Bezerra é titular da promotoria de Simões e ingressou no MPPI em 2014

Carlienne Carpaso
carliene@tvclube.com.br

A titular da promotoria de Simões, Tallita Luzia Bezerra Araújo, entrou para a história do Ministério Público do Piauí (MPPI) como a primeira promotora a atuar no Tribunal do Júri em Teresina. A audiência aconteceu na segunda-feira (11) no Fórum Cível e Criminal, na zona Norte da capital piauiense. Aos 35 anos, ela é promotora de Justiça desde fevereiro de 2014.

Tallita Bezerra é especialista em Direito Constitucional e formada em Direito pela Universidade Regional do Cariri (Urca) no Ceará. Natural do Crato (CE), ela mudou de estado para assumir o cargo no estado piauiense.

De 2014 para cá, a promotora já passou pelas promotorias de Uruçuí, Ribeiro Gonçalves, Pio IX e Paulistana. Antes de ingressar no MPPI, Tallita assumiu por alguns anos a função de bancária e advogada.

Tallita conta que tem atuação na área civil e criminal, mas confessa o amor, digamos assim, pela questão do Tribunal do Júri. “É uma oportunidade de a sociedade conhecer o trabalho do Ministério Público, da magistratura e de como funciona a Justiça”, diz.

O júri popular é composto por cidadãos comuns. Nesses casos, quem julga o acusado são os jurados, não o juiz. Ele é previsto para acontecer em crimes dolosos contra a vida, sejam tentados ou consumados, como homicídios e infanticídios.

Tallita Bezerra é a primeira promotora a atuar do Tribunal do Júri em Teresina (Foto: Arquivo pessoal)

Ela conta que ficou surpresa ao saber da informação que era a primeira promotora mulher a atuar em uma sessão de júri popular em Teresina, pois nas promotorias de Justiça pelo interior do estado muitas promotoras já participam desse tipo de julgamento.

“Eu fui a primeira mulher a atuar no plenário do Júri em Teresina. É algo que me marcou bastante porque até então nenhuma mulher tinha feito Júri na capital. Isso mostra o quanto nós mulheres podemos e devemos ocupar os espaços”.

A promotora comenta que as mulheres precisam continuar ocupando as mais diversas áreas de trabalho, ultrapassando barreiras patriarcais e machistas que permanecem há séculos.

“Infelizmente, a nossa sociedade ainda é muito machista. Ainda há muitas dificuldades e preconceitos em relação ao trabalho que nós mulheres exercemos, mas é de suma importância que as mulheres enfrentem e sigam firmes nos seus propósitos, em qualquer campo que queiram atuar”.

Ao compartilhar a história da promotora, o Ministério Público do Piauí afirmou que ela “tem contribuído constantemente para a promoção da Justiça em crimes graves contra a vida”.

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