Jonas Carvalho
jonascarvalho@tvclube.com.br
O senador da República, Marcelo Castro (MDB), esfriou as expectativas de uma ala do Partido dos Trabalhadores que trabalha pela reaproximação das duas legendas em nível nacional, visando o pleito eleitoral do ano que vem. Para ele, o impeachment da presidente Dilma Rousseff, em 2016, deixou “muitos traumas”.
Em entrevista exclusiva ao portal ClubeNews, o senador afirmou serem remotas as chances de uma nova aliança política entre PT e MDB no âmbito nacional. O interesse do partido emedebista, segundo ele, é lançar candidatura própria para a presidência do Brasil em 2022.
“Eu acho pouco provável que o MDB ainda no primeiro turno marche com o PT. Mesmo porque o impeachment da Dilma deixou muitos traumas e também porque o MDB pretende lançar candidatura própria”, revelou o parlamentar.
Para o próximo ano, a sigla estuda viabilizar o nome da senadora Simone Tebet. Ela possui mestrado em Direito pela Universidade Católica de São Paulo (PUC) e já foi prefeita por dois mandatos. “É uma senadora muito competente, inteligente, preparada, que tem se saído muito bem no Senado Federal”, destacou Marcelo Castro.
Discordância e divergências
Nas últimas semanas, o ex-presidente Lula (PT) esteve reunido com representantes da sigla emedebista em um jantar na presença dos senadores Edison Lobão (MDB-MA), Vital do Rêgo (MDB-PB) e Paulo Rocha (PT-PA). Ele é apontado como pré-candidato à presidência e está está em processo de fortalecimento das bases em seus redutos eleitorais.
Na visão da vice-governadora do Piauí, Regina Sousa (PT), os dois partidos sempre foram companheiros e estão aptos para manterem alinhamento político. “O MDB sempre foi um aliado. Todo partido tem personalidades que são afins e outras não, mas a gente faz aliança é com o partido, com quem vier com ele”, garantiu.
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