7 de julho de 2025

Mais de 500 assaltos a entregadores por aplicativo foram registrados no PI em 2021

Kelvyn Coutinho

Publicado em 03/11/2021 18:30

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Entregadores de aplicativo reclamam da falta de segurança e constantes assaltos no Piauí. (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

Kelvyn Coutinho
kelvyn@tvclube.com.br

Com o aumento do número de entregadores por aplicativo rodando nas ruas, esses profissionais começaram a ser cada vez mais alvos de crimes. Segundo a Associação dos Entregadores por Aplicativo, mais de 500 assaltos a entregadores foram registrados no Piauí em 2021, sendo 100 apenas entre setembro e outubro.

Em entrevista à TV Clube, o presidente da associação, Júlio César de Sousa, atribuiu o número de assaltos à falta de segurança pública e afirmou que alguns entregadores estão com medo de trabalhar e até deixaram de fazer entregas em certos horários.

“Essa questão da sensação que é muito tremenda. Muitas vezes a gente vai fazer entrega nessas vilas e alguns bairros da capital com medo, pela questão dos assaltos, e não tem mais horário para isso acontecer, de noite, de manhã, pela tarde. E os bandidos são muito rápidos”, comentou Júlio César.

De acordo com o major Tiago Ribeiro, diretor de comunicação da Polícia Militar, apesar dos números altos registrados pela associação dos entregadores, muitos casos ainda não são informados às autoridades policiais, o que prejudica o policiamento preventivo e o registro oficial das ocorrências no sistema da PM.

“No nosso sistema, apenas em outubro, juntando todos os roubos – roubo a transeunte, roubo de veículo – crimes contra o patrimônio que envolveram violência ou grave ameaça, temos apenas 50 registros. Isso quer dizer que não teve? Teve, mas pode ter sido subnotificado. Isso é importante chegar para a gente porque nós fazemos policiamento preventivo, precisamos saber dos horários e dos locais para posicionarmos as viaturas”, disse o policial.

O major recomendou ainda que a associação e qualquer pessoa que se sinta prejudicada devido a ações de criminosos devem procurar os quartéis ou o comando-geral da PM.

“A recomendação que eu faço é que procurem os nossos quartéis, os comando ou o comando-geral e a gente, conjuntamente, pode traçar as estratégias específicas para cada um desses casos. A principal arma que a gente tem contra qualquer criminalidade é a informação e a gente precisa estar junto – sociedade, Polícia Militar, Polícia Civil, Ministério Público, Tribunal de Justiça – para que a gente possa traçar estratégias efetivas para resolver os problemas da nossa sociedade no que concerne à área de segurança pública”, completou o major Tiago Ribeiro.

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