Carlienne Carpaso
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Diretora titular de Escola de Ensino Fundamental aos 30 anos, Érika Louíse Abreu de Oliveira recorda que desde quando iniciou a graduação em Pedagogia já planejava em trabalhar na gestão escolar no serviço público. Para ser diretora é preciso ter vocação, diz. Louíse contou um pouco da sua trajetória ao Portal ClubeNews, nesta sexta-feira (12), dia do Diretor Escolar.

Ela conta que saber conversar com os pais, os alunos e os demais profissionais da Educação é essencial no comando de uma escola. A primeira direção escolar foi aos 26 anos em Teresina. Érika também é especialista em Psicopedagogia e Docência do Ensino Superior.

Louíse Abreu passou a integrar o quadro da Secretaria Municipal de Educação (Semec) em janeiro de 2014, após seleção para professora substituta.  Um ano após, ela passou no concurso efetivo. Os anos de 2015 e 2016 foram como professora em sala de aula.

“Em 2017, eu recebi o convite para ser diretora adjunta em uma escola. Foi a primeira vez que tive contato com a gestão, já sabia que seria um desafio bem diferente de enfrentar, mas sempre tive a característica de liderança e saber conversar com a família e os professores, isso me ajudou”, diz.

Ao Portal ClubeNews, Louíse defende que “a gestão de uma escola é completamente de uma gestão de sala de aula”.  Essa diferença já foi percebida logo nos primeiros dias de transição, quando saiu da sala de aula para a gestão de uma escola.

“O professor é gestor da sua sala de aula, dessa forma eu vejo. Já o diretor está à frente de toda a escola, das salas de aula, do administrativo, dos professores.  Foi complicado no início porque, na época, eu só tinha 26 anos. Sofri com o preconceito por questão da idade, mas consegui lidar com essa situação”.

Louíse iria trabalhar inicialmente apenas com a Educação Infantil, Ensino Fundamental do 1º ao 5º ano e Educação de Jovens e Adultos (EJA), mas conquistou a oportunidade de também atuar no Ensino Fundamental do 6º ao 9º ano.

Ela revela que buscou na própria experiência como aluna para ser uma profissional mais atenciosa e acolhedora.

“Eu sofri bastante na adolescência, no ambiente escolar. Então, nada melhor do que a gente pegar os nossos obstáculos, as experiências que a gente vivenciou, e transformar tudo isso em exemplo. É o que faço. Busco sempre ouvir, ser atenta, olhar nos olhos, para que se sintam especiais e queridos”, lembra.

Foram quatro anos como diretora adjunta Escola Municipal Iolanda Raulino. Hoje, ela está como diretora titular Escola Municipal Professor Valter Alencar; ambas em Teresina. Nesta semana, veio a convocação pela Prefeitura Municipal de Timon no Maranhão.

“Trabalhar em escola, ser professora, diretora é vocação. Não dá para você acordar e dizer: ‘ah, hoje quero ser professor, me tornar diretor’. Você tem que amar o que faz, envolve uma grande responsabilidade porque a gente marca a vida de uma criança, dos adolescentes, positivo ou negativamente. Depende muito da nossa forma de trabalhar, do nosso compromisso. A minha missão é marcar de forma positiva os que passam por mim”.