Justiça suspende greve dos médicos na rede pública de Teresina

Médicos da rede pública paralisam atividades nesta terça em Teresina

Foto: HGV/Divulgação

A Justiça do Piauí, por decisão do desembargador Oton Mário José Lustosa Torres, suspendeu a paralisação dos médicos da rede pública prevista para esta terça-feira (16). A decisão acatou o Dissidio Coletivo de Greve ajuizado pela Fundação Municipal de Saúde contra o Sindicato dos Médicos do Piauí (Simepi) e deu até 60 minutos, após a ciência, para o retorno normal das atividades. Caso descumpram a determinação, os médicos deverão ser punidos com multa no valor de R$ 20 mil.

A justificativa apresentada pela FMS é a de que a realização de uma paralisação pelos médicos agrava substancialmente a prestação do serviço público de saúde em Teresina e no Piauí como um todo, uma vez que a pandemia de Covid-19 ainda não foi erradicada.

No Hospital Getúlio Vargas (HGV) todas as consultas agendadas para esta terça no Ambulatório foram remarcadas para o dia 14 de dezembro, segundo comunicado da direção do hospital.

De acordo com informações apuradas pelo portal ClubeNews, foram remarcadas não apenas consultas, mas cirurgias agendadas para esta terça-feira (16). O familiar de um paciente com o procedimento agendado disse que teve a cirurgia cancelada em razão da greve. A pessoa que conversou com nossa reportagem não quis se identificar.

Assembleia extraordinária
No dia 10 de novembro o Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí (SIMEPI) realizou uma assembleia extraordinária para discutir a situação dos médicos que atuam junto a Fundação Municipal de Saúde (FMS), em Teresina, e a Secretaria Estadual de Saúde (SESAPI). De acordo com o Simepi, vários profissionais teriam procurado o sindicato relatando cortes nos salários e condições de trabalho precárias. Ainda segundo o Simepi os problemas “são resultado de sucessivos processos seletivos realizados por prefeituras e pela Secretária de Saúde do Estado”.

A paralisação de advertência foi programada pela categoria para reivindicar a realização de concurso público e a aplicação da progressão da carreira médica. Outro assunto em pauta nas reivindicações da categoria é o piso salarial, definido pela Federação Nacional dos Médicos (PISO FENAM).

SeadPrev
Por meio de nota, a Secretaria de Administração e Previdência informou que não pode atender às reivindicações do Sindicato dos Médicos do Piauí (Simepi) em relação à realização de concurso público.

“De acordo com a Lei Complementar 173/2020, determinando a não realização de concursos e aumento de salário para servidores públicos até dezembro de 2021 em razão da pandemia de COVID-19, o Governo do Piauí não pode realizar concursos ainda este ano”, diz a nota.

A SeadPrev informou ainda que agendou uma audiência com representantes do Simepi para a próxima quinta-feira (18).

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