Piauí tem o segundo menor rendimento médio do país em 2020, de acordo com IBGE

O resultado de 2020 fez o Piauí voltar ao patamar registrado em 2013, quando foi registrada a mesma diferença

Foto: Marcello Casal/ Agência Brasil

Lucy Brandão
lucy@tvclube.com.br

O Piauí apresentou o segundo menor rendimento médio do Brasil, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os piauienses que possuem algum rendimento, considerando todas as fontes de renda, ganham em média R$ 1.399 mensais. O valor é superior apenas ao rendimento médio do Maranhão, com R$ 1.270 mensais.

Os dados são do módulo “Rendimento de Todas as Fontes”, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) 2020. O estudo mostra ainda que o maior valor é o do Distrito Federal, que tem média de R$ 3.974 mensais, o que representa 184% a mais que o Piauí. No Brasil, o valor médio é de R$ 2.213, cerca de 58% superior à média piauiense.

Em comparação ao ano de 2019, o Piauí caiu de posição. Na época, o estado possuía o terceiro menor rendimento (R$ 1.385), superando o Alagoas (R$ 1.348) e o Maranhão (R$ 1.223). Em 2020, o Piauí foi ultrapassado por Alagoas, que teve rendimento médio mensal de R$ 1.427.

Desigualdade entre sexos
Outro aspecto que chama atenção na PNAD Contínua 2020 é o aumento da diferença de rendimento do trabalho entre homens e mulheres no Piauí desde 2017, quando foi registrada a menor desigualdade entre os sexos. O resultado de 2020 fez o Piauí voltar ao patamar registrado em 2013.

De acordo com a pesquisa, as pessoas do sexo feminino tiveram rendimentos 15,4% inferiores às do sexo masculino em 2020, no Piauí. Em média, as mulheres tiveram rendimento mensal de R$ 1.262 no ano passado, enquanto o valor médio para os homens foi de R$ 1.492. Ou seja, diferença média de R$ 230 entre os sexos.

Em 2013, foi registrada a mesma proporção de desigualdade entre os sexos no estado. Com o rendimento médio mensal dos homens em R$ 1.600 e o das mulheres em R$ 1.353, a diferença também era de 15,4% a menos para o sexo feminino. Equivalia, em média, a R$ 247 a mais para os homens.

Desde 2017, quando foi registrada a menor diferença no estado, a desigualdade tem crescido. Em média, as mulheres tinham ganhos 8,2% menores que os dos homens em 2017, proporção que passou a 10,9% em 2018 e chegou a 13,3% em 2019. Apesar do aumento nos últimos anos, a maior diferença foi em 2015, quando as mulheres tinham rendimentos 21,8% menores que os homens do Piauí.

A pesquisa mostra que a desigualdade nos rendimentos do trabalho por sexo existe em todo o país e, inclusive, com índices maiores que os do Piauí. Em 2020, o rendimento médio das mulheres brasileiras foi 21,6% inferior ao dos homens. Enquanto os ganhos médios foram de R$ 2.687 para o sexo masculino, o valor foi de R$ 2.107 para o sexo feminino, uma diferença de R$ 580 entre os sexos.

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