José Augusto de Lima foi condenado a 19 anos 8 meses e 2 dias de reclusão pelo feminicídio de Maria da Cruz Batista Paz. A mulher foi espancada até a morte em um motel no dia 16 de dezembro de 2014, em Teresina.

A pena foi estabelecida pelo juiz Antônio Nollêto, da 1ª Vara do Tribunal Popular do Júri, nesta segunda-feira (22). O Tribunal Popular do Júri decidiu pela condenação de José Augusto por motivo torpe, a pena será cumprida em regime fechado na Penitenciária Irmão Guido.

“O réu resolveu matar a vítima porque ela queria revelar o aborto que a amante fizera, a mando seu. Vê-se que a reprovação excede, em muito, ao que nos demonstra a história, no cometimento de delito, porque além de tirar a vida da vítima, desovou o seu corpo em terreno baldio, e depois foi participar do seu velório”, afirmou o juiz na decisão.

O crime

De acordo com a denúncia do Ministério Público, o crime aconteceu porque Maria, que era amiga do acusado e discutiram porque ela descobriu que José Augusto obrigou sua ex companheira a realizar um aborto.

Consta no processo que acusado e a vítima, estavam em um motel localizado na Avenida Centenário, no bairro Aeroporto e que durante a briga, o acusado empurrou a vítima com força, fazendo ela bater a cabeça em um móvel do quarto, o que deixou ela desacordada.

Depois disso José Augusto foi até o seu carro, pegou uma chave de roda e aplicou vários golpes na cabeça dela. O acusado lavou o quarto de motel, retirou o corpo da vítima e deixou em um matagal próximo a um shopping de Teresina

Para despistar a polícia, o acusado colocou um bilhete no corpo da vítima, tentando simular um crime de latrocínio, onde afirmou que ela foi assassinada porque reagiu a um assalto.

O Ministério Público afirmou que, após o crime, o acusado, que conhecia a vítima há anos, ainda foi até o velório da vítima e confortou os filhos dela. Depois saiu de Teresina e foi para a cidade de Barra do Corda, no Maranhão, passar as festas de fim de ano.