Promotor diz que morte de auxiliar foi "ação irresponsável"; tiro partiu de PM da ativa

Policiais militares da ativa serão denunciados por quatro crimes

Cândido Constâncio de Sousa Filho, de 41 anos, foi morto a tiros na zona Norte de Teresina. (Foto: TV Clube)

O promotor Assuero Stevenson, da 9ª Promotoria de Justiça do Ministério Público do Piauí (MPPI), afirmou que o laudo pericial da Polícia Civil do Piauí confirmou que o disparo que matou o auxiliar de supermercado, Cândido Constâncio Filho, partiu de um policial militar da ativa.

O crime aconteceu no dia 28 de setembro de 2021 na Santa Maria da Codipi, na zona Norte de Teresina.  O MPPI vai denunciar os dois policiais militares da ativa por quatro crimes militares. O promotor classificou a ação como “irresponsável” e o modo de operação só aconteceu porque era na periferia de Teresina.

Os dois policiais militares da ativa serão denunciados pelo Ministério Público do Piauí (MPPI) por quatro crimes militares: 1) atirar em pessoa em fuga desarmada; 2) abandono de serviço; 3) desobediência da ordem legal; 4) violência no exercício do cargo ou a pretexto de exercer.

A defesa do cabo André Santos, apontado como autor do disparo até o momento, descorda da promotoria e que deve recorrer da decisão caso seja aceita pela Justiça.

“Descordamos veemente do promotor. É até hilário o promotor se referir ao uso de arma não letal. Eu gostaria que o promotor dissesse onde e em qual batalhão do Piauí que possui arma não letal. Se o juiz entender de receber a denúncia, nós manobraremos o recurso cabível”, comenta o advogado de defesa, Marcos Vinicius.

Em resposta, o promotor declarou que “o laudo pericial comprova de que o tiro que mantou a vítima era da arma do André. Não é hilário usar uma arma não letal, é trágico usar de forma irresponsável uma arma para tirar a vida de uma pessoa”.

“E digo mais: isso só aconteceu porque foi na periferia. Se fosse na zona Leste eu duvido que uma ação irresponsável dessa teria acontecido na porta de algum restaurante badalado”, disse o promotor.

O outro policial militar da ativa investigado foi identificado como cabo Gilderlan Pereira.  Os dois policiais foram soltos no dia 7 de outubro.

O auxiliar de mercado Cândido Constâncio de Sousa Filho estava trabalhando no momento que foi baleado. (Foto: Reprodução)

 DHPP

Um policial aposentado também é investigado. O coordenador do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Francisco Costa Barêtta, informou que o delegado responsável pela investigação, Robert Lavor, deve concluir o inquérito policial na próxima semana.

Entenda o caso

O auxiliar de mercado, Cândido Constâncio de Sousa Filho, de 41 anos, foi morto a tiros durante uma perseguição policial na noite do dia 28 de setembro na Santa Maria da Codipi, na zona Norte de Teresina. A vítima estava na porta do comércio em que trabalhava na companhia de outras pessoas quando foi atingida pelos disparos.  Os policiais perseguiam um suspeito de assalto. Eles disparam para atingir o alvo, quando ele passou em meio às pessoas que estavam na porta do comércio. Nesse momento, o grupo se assusta e dispersa. Cândido é atingido e cai no local.

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