Acusado de matar ex-companheira em Paulistana é condenado a 21 anos de prisão

O crime aconteceu na madrugada do dia 29 de agosto de 2020, quando Joab dos Santos Campos atingiu Évellin Pedrosa Rodrigues com golpes de faca.

Tribunal do Júri condena acusado de matar Évellin Rodrigues a 21 anos de prisão. (Foto: Reprodução)

Kelvyn Coutinho*
kelvyn@tvclube.com.br

O Tribunal Popular do Júri condenou Joab dos Santos Campos, de 27 anos, a 21 anos de prisão em regime fechado pelo crime de feminicídio, praticado contra a ex-companheira do réu, Évellin Pedrosa Rodrigues, no dia 29 de agosto de 2020.

O julgamento foi realizado na última quarta-feira (1º), na cidade de Paulistana, distante 452 km de Teresina, e presidido pelo juiz Denis Deangelis Brito Varela.

Évellin e Joab teriam terminado o relacionado quatro dias antes do crime. Na madrugada do dia 29 de agosto de 2020, o acusado foi até a casa da vítima portando um machado.

Segundo o Ministério Público do Piauí, o réu agrediu a vítima, que tentou se defender com uma faca. Após fazê-la desmaiar, Joab pegou a faca e desferiu três golpes na mulher, que tinha 23 anos na época do crime. Os dois tem um filho de quatro anos de idade.

Em seu depoimento, o acusado alegou que agiu em legítima defesa. Joab disse que quando saiu da casa da vítima, ela foi atrás dele. Afirmou ainda que já estava na rua quando a vítima apareceu com uma faca e teria tentado atacá-lo.

O réu disse que chegou a ser atingido com a faca, e que por isso deu um soco na vítima, pegou a faca e desferiu vários golpes nela. Ele acabou desmaiando após o crime e foi encontrado pela polícia ao lado do corpo da vítima.

Para o Ministério Público, o crime ocorreu por motivo fútil, pois o réu tinha ciúmes da mulher. O MP afirmou que o acusado tinha um relacionamento conturbado com a mulher, pois agia de forma controladora, e que ele não aceitou a decisão dela de querer se separar.

Conforme o órgão ministerial, os depoimentos colhidos comprovaram que Joab passou várias horas ingerindo bebida alcoólica antes de ir na residência da vítima com um machado, com o objetivo de confrontar Évellin. O órgão alegou que a vítima pegou uma faca para se defender e saiu correndo de casa para fugir do acusado, quando foi morta.

O Conselho de Sentença acolheu integralmente a tese sustentada pelo Ministério Público. O juiz Denis Deangelis aplicou a pena máxima e o réu foi condenado a 21 anos de reclusão em regime inicial fechado, sem direito de recorrer em liberdade.

*Sob supervisão da jornalista Carlienne Carpaso.

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