Ômicron: pelo menos 11 cidades piauienses já cancelaram a festa de Réveillon

A principal motivação foi o surgimento de uma nova variante do coronavírus, a Ômicron, que pede mais cautela com aglomerações.

Réveillon – Imagem Ilustrativa (Foto: Pixabay)

Carlienne Carpaso
carliene@tvclube.com.br

Pelo menos 11 cidades piauienses já cancelaram a programação de Réveillon, virada de 2021 para 2022. As decisões foram motivadas principalmente pelo surgimento de uma nova variante do coronavírus, a Ômicron, que pede ainda mais cautela com aglomerações de pessoas. O Brasil já conta com cinco casos confirmados da nova cepa.

No dia 26 de novembro, a Organização Mundial de Saúde (OMS) classificou a linhagem como “variante de preocupação”.

O Comitê Científico do Consórcio Nordeste recomenda “a proibição de festividades de Fim de Ano e do Carnaval”. O Comitê também listou uma série de medidas para intensificar a prevenção ao novo coronavírus. Veja ao final da matéria.

Água Branca

A Prefeitura de Água Branca anunciou “que as festas de fim de ano e o carnaval de 2022 não irão acontecer”. A decisão foi firmada após o Comitê Gestor de Crise se reunir na sexta-feira (3) e analisar a situação epidemiológica do município.

Em nota, a prefeitura informou ao Portal ClubeNews que considerou o “aumento do número de casos de covid-19 no Piauí e a nova variante Ômicron em circulação pelo mundo”.

“As festividades de réveillon e carnaval promovidas pela Prefeitura estão suspensas; os eventos privados poderão ocorrer seguindo as recomendações do Decreto Estadual”, disse o prefeito de Água Branca, Júnior Ribeiro.

Teresina

Na quinta-feira (2), a Prefeitura de Teresina confirmou que, mesmo com percentual superior a 84% da população vacinada com as duas doses contra a Covid-19, “não terá um calendário de comemorações de festas de final de ano e de carnaval em 2022, como forma de medida preventiva contra o coronavírus”.

“O poder público municipal segue as orientações do Comitê de Operações Emergenciais (COE) do município, que se reúne constantemente a fim de avaliar o cenário da pandemia a nível mundial”, disse.

Floriano

Com um dos carnavais mais movimentados do Piauí, a cidade de Floriano também não vai promover festas de Réveillon nem o Carnaval em 2022, informou a gestão municipal;

Em nota, a prefeitura informou que a decisão do prefeito Joel Rodrigues “foi tomada após reunião com o Comitê Gestor de Resultados e levou em conta a análise de números epidemiológicos”.

“Questões como o surgimento de casos no Brasil da Ômicron, a nova variante do coronavírus, bem como a lotação dos leitos do Hospital Regional Tibério Nunes e a posição de municípios vizinhos negativa às grandes festas públicas foram pontos importantes que levaram a decisão”, apontou a gestão.

Cajueiro da Praia

A Secretaria Municipal de Turismo de Cajueiro da Praia informou ao Portal ClubeNews que a cidade não vai ter programação de Réveillon pela Prefeitura Municipal para evitar a aglomeração de pessoas nesse período pandêmico.

Até o momento, há confirmação de um evento privado na cidade, que atrai muitos turistas. O evento deve seguir as normas sanitárias de prevenção ao novo coronavírus.

A programação sobre o Carnaval não está definida, se terá ou não programação pela prefeitura.

Luís Correia

A Prefeitura de Luís Correia não vai promover festas de fim de ano em obediência as recomendações sanitárias de combate ao novo coronavírus. Apesar da gestão pública não realizar eventos, o decreto municipal não proíbe a realização de eventos privados desde que os organizadores sigam as normas estabelecidas. VEJA DECRETO.

Sobre o carnaval, ainda há indefinição. A gestão acompanha o número de casos confirmados da Covid-19 e o avanço da vacinação para uma decisão futura.

O decreto municipal do dia 02 de dezembro de 2021 dispõe sobre as medidas a serem adotadas durante as festividades de fim de ano. No entanto, um novo decreto será publicado na próxima semana em adequação ao decreto estadual.

Curimatá

A Prefeitura de Curimatá também cancelou as festas de fim de ano promovidas pelo poder público na cidade.

“As festas que seriam promovidas pelo Poder Público estão canceladas. As festas privadas estão autorizadas, por enquanto, desde que cumpram as medidas de segurança em conformidade com os decretos que, semanalmente, estão sendo editados”, esclareceu o prefeito Valdecir Júnior.

Oeiras

A Prefeitura de Oeiras esclareceu que “o município não promove festas de Fim de Ano”. Anualmente, a gestão pública realiza o tradicional show de aniversário da cidade, mas essa programação não acontece desde o ano passado, por conta da pandemia da Covid-19.  A cidade não conta com programação de carnaval há alguns anos.

Pedro II

A Prefeitura de Pedro II confirmou que não vai fazer nenhum evento público no Réveillon. Já os eventos particulares devem seguir os protocolos do Decreto Estadual.

Cristino Castro

A Prefeitura de Cristino Castro confirmou que a cidade não terá programação oficinal de Fim de Ano. Já a programação de carnaval segue indefinida.

São Raimundo Nonato

 A Prefeitura de São Raimundo Nonato também vai realizar programação oficinal de Reveillon nem de Carnaval 2022.

Campo Maior

A Prefeitura de Campo Maior decidiu não realizar programação de Fim de Ano na cidade por conta da pandemia da Covid-19. Sobre o Carnaval, a decisão ainda não está firmada. A gestão vai acompanhar os dados epidemiológicos da doença no município e no estado para uma decisão posterior.

GOVERNO DO PIAUÍ

A apresentação do cartão de vacinação com as duas doses do imunizante contra Covid-19 será obrigatória, a partir desta quinta-feira (2) no Piauí, para entrada em estabelecimentos fechados e eventos. É o que estabelece o novo decreto publicado pelo Governo do Estado. As medidas são válidas até o dia 2 de janeiro de 2022.

As medidas de segurança no combate ao coronavírus continuam valendo no novo decreto, como uso de máscaras, utilização de álcool em gel e distanciamento social.

Veja o NOVO DECRETO ESTADUAL na íntegra.

Confraternizações de final de ano

Tatiana Chaves, diretora da Vigilância Sanitária do Piauí, ressalta que  a população precisa manter os protocolos de segurança e saúde para evitar uma nova onda de Covid-19 no Piauí.

“A Secretaria de Saúde orienta confraternizações de forma mais segura. Nós temos os idosos e temos as crianças menores de 12 anos que não estão vacinadas. Neste caso os idosos são mais vulneráveis. Então vamos nos confraternizar ao ar livre, em ambientes abertos, ter cuidado com utensílios de uso individual, usar máscara mesmo em ambientes familiares”, aconselha.

CONSÓRCIO NORDESTE 

Tendo em vista o quadro global e nacional atual da pandemia e as incertezas futuras existentes, o Comitê Científico do Consórcio Nordeste recomenda aos Governantes Estaduais e Municipais:

1- Intensificar a vacinação com vistas a alcançar, no mais breve espaço de tempo possível, uma maior parcela da população com vacinação completa. Para isto é importante fazer busca ativa daqueles que ainda não receberam a segunda dose visando completar a imunização. Recomenda-se utilizar a estratégia e a rede da saúde da família do SUS, com os agentes comunitários participando intensamente desta busca e ampliar os locais de vacinação nas cidades em locais de grande circulação de pessoas;

2- Para ampliar o ritmo da vacinação, o C4 recomenda também fazer a aplicação da vacina nas escolas, para atingir a maior cobertura de vacinação com a primeira e a segunda dose nos adolescentes. E quando possível, fazer a utilização volante de viaturas como o carro da vacina, em analogia com o carro do ovo nas cidades, em que se utiliza serviço de som, como já é feito em algumas cidades. Também é importante fazer ampla divulgação nas mídias em campanhas para convocar a população sobre a necessidade de completar a vacinação com duas doses e sobre a dose de reforço para a população idosa;

3- Manter o uso obrigatório de máscaras faciais e outras medidas de proteção individual e coletiva, como a exigência do passaporte de vacina para entrada em cinemas, teatros, estádios de futebol, etc;

4- Utilizar o capital político de governadores e outros atores políticos para estimular a solidariedade internacional com vistas a desenvolver mecanismos que ampliem a vacinação globalmente, em especial nos países africanos;

5- Identificar todas as possíveis barreiras que vêm dificultando a expansão da cobertura vacinal na população (operacionais, hesitação vacinal, etc.) e implementar os mecanismos para superá-las;

6- Cancelar a realização das festividades de final do ano e do Carnaval que possam gerar aglomerações, pois estas intensificariam a transmissão do vírus e resultariam em nova onda da pandemia.


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