Atleta piauiense é convocada para seleção brasileira de handebol

No ano passado, Ana Maria participou pela primeira vez de um acampamento que reúne jovens atletas de todo o Brasil, onde foi observada pelos treinadores. Este ano, a menina que se desdobra entre os treinos e as atividades escolares do 8º ano do ensino fundamental, ficou entre a melhores jogadoras do Brasil.

Segundo a estudante, o esporte é um dos principais incentivos para que ela estude, pois depende do bom desempenho escolar para continuar treinando.

“O esporte me ajuda muito nos estudos, meu técnico é muito rígido, então, se tem notas baixas, você não treina e não joga.  Eu sempre levei meus estudos a sério, mas tive muita responsabilidade mesmo quando entrei no esporte”, conta a atleta.

O talento e a dedicação renderam a Ana Maria uma vaga para a fase de treinos da categoria de base da seleção brasileira, onde será preparada para os próximos passos.

“Ela é uma atleta incrível, está só começando sua trajetória de conquistas”, destaca o treinador do projeto, Paulo Antônio da Silva. Segundo ele, a estudante tem potencial para chegar ainda mais longe. “Essa é uma grande oportunidade, foi a primeira a ser convocada pela seleção, o que abre muitas portas”, conclui Paulo.

A jovem atleta destaca ainda o esforço nos treinos e o apoio da família para que a convocação para a equipe nacional se tornasse uma realidade.

“A convocação para Seleção Brasileira começou nos treinos de Teresina, tive que me esforçar muito e querer mais que outras atletas. Então, veio o primeiro acampamento de handebol regional para dentro de Teresina e foi nesse acampamento que consegui me destacar e ser chamada para o acampamento da Seleção Brasileira em 2017. Tive muita dificuldade para ir, pois minha família não tem muitas condições financeiras, mas com Deus no caminho tudo deu certo, meu pai comprou minha passagem e fui para o acampamento da Seleção Brasileira. Em 2018, meu técnico conseguiu minha passagem com o apoio de uma faculdade de Teresina”, diz.

Condições

Por questões financeiras, Ana Maria lembra o quanto é difícil para outras atletas como ela se manterem no esporte. Por isso, as esportistas sempre pedem o máximo de ajuda possível.

“É difícil para gente conseguir progredir, porque com 15 anos de idade a mãe já quer tirar sua filha do esporte para fazer parte do Menor Aprendiz… e para essa menina que saiu do esporte para trabalhar tudo fica mais difícil. O esporte previne muitas coisas na vida dos(a) atletas, mas infelizmente a falta de apoio dificulta muito o rendimento tanto no esporte, como nos estudos”, explica.

*Com informações da Prefeitura Municipal de Teresina
*Sob supervisão do(a) jornalista Carlienne Carpaso