Uma cidade que pode ser habitada e vivida em segurança pelas crianças, é uma cidade que contempla todo mundo. Pensando nisso, o TRISCA (Festival de arte com crianças) propõe acontecimentos para viver com toda a família neste finalzinho de ano. Serão dois dias de ocupação (11 e 12 de dezembro) na biblioteca pública Cromwell de Carvalho. O centro de Teresina, próximo à Praça do Fripisa, será espaço para uma domingueira diferente com experiência para todas as idades.
Esta é a 3° edição do TRISCA que, este ano, é atravessado, como o mundo todo, pelos impactos da pandemia do coronavírus. “A pandemia nos trouxe o eixo curatorial do projeto”, explica Layane Holanda.
Ao lado de Soraya Portela, ambas produtoras culturais do Canteiro, articulam ideias e transformam arte em experiências para viver juntos. “Essa realidade nos sinalizou o que queríamos discutir nesta edição”. Assim surgiu o slogan TRISCA #3 – “aventuras de ficar vivo’, “porque essa tem sido a nossa maior aventura nos últimos dois anos”, pontua Layane.
As atrações – ou, “acontecimentos”, como as produtoras preferem chamar – tensionam duas emoções bem comuns a quem enfrentou o período de isolamento e o excesso de telas provocados pelo alastramento de um vírus desconhecido no planeta: medo e alegria. “Foi o que a gente mais viveu nessa realidade”, frisa Layane. “E o que emerge entre esses dois sentimentos, é a vida”.
Em uma das experiências, o Zuuuada, adultos e crianças serão convidados a enfrentar o medo do desconhecido. Através de uma brincadeira de luz, som e formas, as pessoas serão levadas a criar uma aventura onde o extraordinário pode emergir.
“Essa experiência sonora mexe com essas duas materialidades, pra falar de susto, assombro, medo e está sendo criada por dois músicos e dois performers da dança”, antecipa Layane. “Será interativo, improvisado, um espetáculo que manipula a sonoridade e o escuro”.
Em outro espaço, o Bubble dance vai botar todo mundo pra dançar em uma pista inflável com água e sabão. A proposta, neste caso, é trabalhar o equilíbrio do corpo e a dança urbana através de ritmos como o hip hop. “Cada coisa da programação esconde uma metáfora embutida da pandemia”, acredita Layane. “A gente pensou em propor atividades que pudessem acionar alegria como estratégia de sobrevivência”, completa Soraya.
Domingueira na biblioteca
Além de propor atrações culturais que pensam a infância, a essência do TRISCA levanta uma discussão sempre pertinente a Teresina: a ocupação dos espaços públicos, muitas vezes desconhecidos ou subaproveitados.
Pelo segundo ano, o festival de arte acontece em uma biblioteca pública, no centro da cidade – transformando todo o seu espaço em ambientes possíveis de serem vividos com crianças. “Pensar a cidade e pensar em viver a cidade é pensar o acesso ao patrimônio cultural desse lugar”, diz Layane Holanda, curadora do festival. “A criança é um disparador do convívio social”.
Pensando nisso, este ano o festival se desenha em formato de feira – inclusive, com a participação do movimento Feirinha Verde Teresina, pela primeira vez junta ao evento. “A gente pensou em um festival muito mais como um dia em um lugar”, frisa Layane. “A gente vai rir, se assustar, festejar e vai estar junto”, convida Soraya, “porque é isso que importa agora”.
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Fonte: Festival Trisca