Adolescente relata desespero ao ter cabelo preso em piscina e diz ter novo nome "Milagre Pimentel"

Adolescente fica mais de dois minutos sem respirar, com o cabelo preso no ralo da piscina na cidade de Água Branca

A mãe Rosana e a filha Maria Rita (foto: arquivo)

A adolescente Maria Rita Pimentel da Cunha, de 13 anos, renasceu no dia 05 de dezembro de 2021, após ter o cabelo sugado por um equipamento na piscina na cidade de Água Branca. Ela precisou ter o cabelo cortado para sobreviver ao afogamento. Passado o susto; hoje, ela brinca e diz que tem um novo nome “Milagre Pimentel da Cunha”. Maria Rita ficou submersa por mais de 2 minutos. Ela chegou a ficar desacordada.

Ela conta sobre o que aconteceu na tarde o dia 05 de dezembro, quando foi convidada para passar o dia com as amigas em um banho de piscina. Maria Rita relata que segurou o ar de baixo d’água para ganhar tempo. Após sinalizar para a amiga que precisava de ajuda para sair da piscina, ela percebeu o dono da casa, Diego Teixeira, se aproximar dela para tentar desprendê-la do filtro.

A mãe da adolescente, Rosana Pimentel, diz que a filha nasceu de novo. “É um milagre Vou mudar o nome dela, Milagre Pimentel da Cunha. Tenho que agradecer a Deus e ao Diego. Tenho gratidão eterna por ele ter salvo a minha filha”.

Hoje, Maria Rita está bem, sem sequelas.

Como aconteceu

“Eu estava brincando e fui arrumar o cabelo. Coloquei as pernas na borda e deitei. Eu estava ficando sem ar, sinto que tinha alguma coisa puxando”, disse Maria Rita.

O ralo de fixação da piscina sugou o cabelo da adolescente. Depois de um minuto, ela deu um alerta para a amiga Ana Vitória, de 15 anos. “No que ela apertou, eu passei o pé por baixo para tentar puxar ela. Só que ela não subiu”.

Diego Teixeira, proprietário da casa, disse que após receber o alerta pulou na piscina, tentou levantar a adolescente, quando percebeu que o cabelo estava preso. Ele pediu para desligar a bomba, mas o cabelo já estava muito enrolado no equipamento. Foi quando a esposa, Wennya Teixeira, deu a ideia de cortar o cabelo.

Diego usou uma faca para depreendê-lo. Ele também fez os primeiros-socorros. Depois de 10 minutos de sufoco, a adolescente voltou a respirar.

Orientação 

Especialistas orientam os proprietários a usarem um ralo antiaprisionamento. Marcelo Mesquita, da Associação Nacional Empresas e Profissionais de Piscinas, explica que esse equipamento evita que as pessoas tenham partes do corpo, incluindo o cabelo, presos. Desde 2018, ele é obrigatório em todas as piscinas novas. As piscinas antigas podem receber uma tampa com o mesmo sistema de salva-vidas. Outra recomendação é ligar o sistema de bombeamento quando não houver ninguém na piscina.

Especialistas orientam os proprietários a usarem um ralo antiaprisionamento (foto: arquivo)

Bombeiros 

O tenente-coronel José Veloso, do Corpo de Bombeiros Militar do Piauí, afirmou que acidentes envolvendo piscinas precisam ser tratados com muita seriedade e rapidez, para garantir a sobrevivência da vítima. José Veloso fez um alerta e deu orientações sobre os devidos cuidados para evitar acidentes em piscinas.

“Piscinas possuem um sistema de filtragem da água, que funciona como se fosse o nosso sangue: pulsando. É movido por uma bomba que puxa a água e faz com que ela retorne após ser filtrada. Esse ponto de sucção da água é crítico e geralmente fica no lugar mais fundo. A velocidade que a sucção acontece é muito rápida e a força é grande. As pessoas em condições de vulnerabilidade, que oferecem alguma possibilidade de ser sugadas precisam ter muito cuidado, pode ser o cabelo ou qualquer outro objeto que a pessoa utilize que, passando nas proximidades, vai ser sugado e não tem como desligar essa bomba tão rapidamente para salvar uma pessoa”.

Encontro das famílias após susto com adolescente ficar com o cabelo preso em piscina (foto: arquivo)

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