Lucy Brandão
lucy@tvclube.com.br
O Banco Central do Brasil (BC) admitiu nesta quinta-feira (16) que a inflação vai fechar o ano de 2021 acima de 10% pela primeira vez, desde 2015. O BC aumentou de 8,5% para 10,2% a estimativa de inflação calculada com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
A previsão está no relatório de inflação do quarto trimestre divulgado pela instituição. O BC também revisou para baixo a expectativa para o PIB de 2021 e 2022.
O BC também confirmou novamente que a meta não será cumprida neste ano. Em 2021, o centro da meta de inflação é de 3,75%. Para cumprir a meta, de acordo com as regras, o país precisaria fechar o ano com inflação entre 2,25% e 5,25%. Assim, a projeção do BC está bem acima do teto do sistema de metas.
Sistema de metas
Desde 1999, o Brasil está sob o regime de metas de inflação para orientar sua política monetária. Desta forma, a oferta de moeda pelo Banco Central segue uma estratégia para atingir uma banda de inflação determinada pelo Conselho Monetário Nacional.
Descumprimento da meta
O sistema de metas de inflação serve como termômetro de transparência e responsabilidade dos agentes econômicos. Quando a meta de inflação não é cumprida, piora a percepção de risco do país, levando o mercado a desconfiar da capacidade do governo de controlar a inflação, o que inibe investimentos e pode travar ainda mais uma economia já estagnada.
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