Medicamentos para melhorar o desempenho nos estudos e trabalho

Vale a pena usar estimulantes?

(Foto: Getty Images)

Com a volta às aulas e a expectativa de quem quer conquistar uma vaga em algum concurso público, é cada vez mais comum o interesse das pessoas em melhorar a performance mental e  com altos níveis de estresse do mundo moderno, excesso de ansiedade, sobrecarga nos estudos e trabalho, competitividade,  prejuízo de memória, sono de má qualidade, baixa produtividade, esgotamento físico e mental e todos os impactos negativos da pandemia, torna-se um cenário muito favorável para o uso de estimulantes.

Os psicoestimulantes são substâncias que aumentam o estado de alerta e concentração, indicados para o tratamento do Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) e da narcolepsia, condição que causa sonolência diurna excessiva, porém, esses medicamentos não se limitam apenas ao tratamento de alguns quadros, mas para potencializar a cognição, por pessoas que não apresentam nenhum tipo de déficit e na busca de um melhor rendimento nos estudos e no trabalho.

A  exigência  de estudos constantes, a preocupação e a cobrança do próprio estudante e trabalhador  em relação ao futuro e ao seu rendimento, a extensa carga horária de estudo e trabalho; uma maior necessidade de se manter mais tempo acordado para tentar suprir a demanda das atividades do dia a dia,  são fatores que podem contribuir para o estímulo do uso de substâncias como o metilfenidato, a lisdexanfetamina e a modafinila.

Em pessoas que não têm diagnóstico de condições que necessitem do uso desses medicamentos, além da possibilidade de manifestarem efeitos colaterais como taquicardia,  dores de cabeça, tremores, falta de apetite, diarreia, irritabilidade e insônia, doses mal controladas e elevadas podem causar prejuízo na atenção e no desenvolvimento das tarefas cognitivas e contribuírem para o surgimento de transtornos de ansiedade, de humor e dependência química, devendo seu uso portanto, ficar restrito a pacientes com indicação médica.

Precisamos entender e aceitar que o corpo tem limites, precisa tanto da ação quanto do repouso.  O sono regular e de boa qualidade é  essencial para que os conteúdos aprendidos sejam assimilados pela memória e apesar da ideia de que o sacrifício temporário vale a pena, trata-se de uma percepção distorcida e  equivocada, nos deixando ainda vulneráveis a sérios riscos.

Apesar dos remédios para memória e concentração serem tentadores, ainda existem muitas incertezas com seu uso a longo prazo. Na dúvida com relação a alguns sintomas que a pessoa apresente ou ao uso desses psicofármacos, o ideal é procurar um profissional capacitado para uma avaliação.

Para quem deseja manter sua memória e atenção em dia, com foco e concentração nas suas atividades, o mais seguro é ter um estilo de vida saudável, com a prática regular de exercícios  físicos, alimentação saudável, evitar o excesso de álcool, reduzir os níveis de estresse, dominar as emoções e dormir bem são fundamentais para melhorar seu funcionamento físico e mental.

Trabalhar a respiração, meditar, fazer auto-hipnose são outras atividades que podem ajudar a prevenir o esgotamento mental; melhorar sua energia e contribuir para um maior  rendimento nos estudos e no trabalho.

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