Apesar do aumento de casos de síndrome gripal, pesquisador acredita que 'terceira onda' será menor

Fiocruz registrou aumento de 135% de casos de síndrome gripal

Gripe (Imagem ilustrativa/pixabay)

Malu Barreto
malubarreto@tvclube.com.br

Casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave registraram um aumento de 135% em todo o Brasil, segundo o Boletim Infogripe da Fiocruz divulgado no último sábado (15). O número é um comparativo das últimas três semanas com as últimas três semanas de novembro de 2021. O número de casos passou de 5,6 mil  para 13 mil.

“A velocidade com que a covid-19 se espalha entre a população cresceu semanalmente de 4% para 30%”, disse o pesquisador Marcelo Gomes, responsável pelo InfoGripe.

O Piauí está entre os estados brasileiros que apresenta sinal de crescimento com indicador em nível forte (probabilidade > 95%) de casos de Síndrome Respiratória Aguda (SRAG) na tendência de longo prazo. Na tendência de curto prazo, o estado apresenta sinal de crescimento moderado.

Já entre as capitais brasileiras, Teresina é a única com sinal moderado  (probabilidade > 75%) de crescimento na tendência de longo prazo.

De acordo com a Fiocruz o crescimento dos casos iniciou entre 26 de dezembro  a 1 de janeiro, o que justifica as recomendações de cautela e implementação de restrições para minimizar o risco de agravamento do quadro epidemiológico à época.

“Cenário ainda é de incerteza”, diz pesquisador

Analisando os dados disponibilizados pela Fiocruz, o pesquisador em saúde, Emídio Matos afirmou que os dados represados pelo ataque de hackers ao Ministério da Saúde impossibilitou a tomada de decisões por parte das autoridades diante das festas de final de ano.

“O aumento de casos começou a acontecer ainda em dezembro, mas não tínhamos o conhecimento da situação, isso impediu uma análise correta do cenário. Mas diante do que estamos vendo agora vai se tornando um consenso  que é necessário proibir festas de carnaval e pré-carnavalescas”, destacou.

Emídio aponta que mais uma vez  os casos de síndromes gripais graves, desta vez o H3N2 e a Covid-19,  estão pressionando o atendimento nas unidades de saúde, obrigando o poder público, novamente, a reorganizar leitos clínicos de UTI, o que é necessário ser feito, mas ao mesmo tempo, retarda o atendimento a outras doenças não gripais que estão acumuladas por todo esse período.

“Temos um cenário delicado, de carnaval e volta às aulas, o que podem aumentar o número de infecções diárias, mas a depender do que tem acontecido no mundo, na Europa e na África essa ‘terceira onda’ durará menos que as anteriores e vai ser possível recuperar de maneira mais satisfatória as pessoas que tiverem doentes”, finalizou.

Emídio ressaltou a importância de continuar usando máscara, higienizando as mãos com frequência para assim a população sair dessa situação o mais rápido possível.

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