Ano novo, vida nova, hábito novo: investir!

A importância da educação financeira nos momentos de crise

(Foto: BTG Pactual Digital)

Ano novo, vida nova! A frase é clichê, eu sei, mas que tal se dessa vez for de verdade? Uma vida nova pelo menos no aspecto financeiro? Após quase dois anos de convívio forçado com a pandemia, nossa organização financeira nunca se fez tão essencial.

O desemprego, grande problema estrutural brasileiro, se agravou, os sistemas públicos de saúde entraram em colapso, o fechamento do comércio e a diminuição na circulação de pessoas e mercadorias afetou a renda de muitos brasileiros e, não bastasse tudo isso, a pandemia voltou a avançar no último mês, com a variante “ômicron” provocando surto simultâneo de novos casos em diversos países.

Tudo isso deixa bem claro a necessidade de botarmos em dia as nossas finanças para podermos enfrentar momentos de dificuldade de forma menos traumática e com reservas financeiras capazes de nos assegurar um mínimo de tranquilidade em meio ao caos dessa grave crise humanitária.

Além de todas as dificuldades já citadas, em 2021 ainda tivemos que observar a volta de um fantasma que assusta e afeta a todos nós: a Inflação. O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), indicador oficial de inflação do país, encerrou 2021 a incríveis 10,06%, resultado que não se via desde 2015, conforme depreende-se do quadro abaixo.

Se você é a(o) responsável por fazer as compras em sua casa, certamente sentiu na pele os efeitos dessa inflação descontrolada refletidas no forte aumento dos preços da carne, do café, do açúcar, do óleo, dentre outros itens essenciais no nosso dia-a-dia. Cem reais no começo do ano compravam bem mais coisas do que no final do ano, correto?

Nem o seu dinheiro guardado escapou da inflação. Para se ter ideia, a Poupança, principal “investimento” dos brasileiros, rendeu aproximadamente apenas 3% em 2021, o que significa dizer que se descontarmos a inflação, na verdade, o rendimento real foi negativo em -6,41%, ou seja, quem deixou R$1.000 na poupança, por exemplo, perdeu R$64,10 em 2021, em termos reais.

O cenário não foi diferente para os ativos de renda variável. O Ibovespa, principal índice de ações brasileiras, acumulou perdas de 11,9% em 2021. Esta foi a primeira queda anual desde 2015, impactada pelo cenário de desancoragem fiscal, alta inflação, aumento expressivo da Selic e constantes revisões negativas do PIB.

Dessa forma, diante de tempos tão difíceis, o mínimo que podemos fazer por nós mesmos e pela nossa família é sentar-se, pegar um papel e uma caneta, e mapear calmamente a nossa situação financeira: de um lado do papel devemos elencar as nossas RECEITAS: tudo que “entra” de dinheiro na nossa casa (salários, rendimentos, auxílios). Do outro lado do papel, devemos listar as DESPESAS, ou seja, todos os nossos gastos mensais fixos (aluguel, condomínio, prestações, energia, etc.) e gastos variáveis (lazer, festas, idas a restaurantes, etc.).

Após mapeadas as principais receitas e despesas, é hora de averiguar se você está realmente vivendo dentro do seu padrão de vida, ou seja, se está gastando menos do que ganha. A subtração entre a coluna das receitas e a coluna das despesas deve ser positiva.

É esse saldo que você irá investir esse ano todo mês, religiosamente, com o objetivo de começar a mitigar os efeitos da inflação no seu patrimônio e formar a sua RESERVA DE EMERGÊNCIA, assunto que iremos nos aprofundar mais no próximo artigo.

Caso queiram ir se adiantando nesse tema, no meu canal no YouTube (Seu Assessor – Danilo Lira, CFP®) posto vídeos semanais sobre educação financeira.

Um PRÓSPERO e feliz 2022 a todos nós!

 

Para mais informações:

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Instagram: @daniloliracfp


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Fonte: Danilo Lira


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