Justiça adia julgamento do irmão da advogada Izadora Mourão, morta em Pedro II

A decisão foi tomada pelo juiz Diego Ricardo Melo após explosão de casos de Covid-19 entre membros do Poder Judiciário e testemunhas.

A advogada foi morta a facadas, em Pedro II – (Foto reprodução redes sociais)

Kelvyn Coutinho*
kelvyn@tvclube.com.br

O juiz Diego Ricardo Melo de Almeida, da 2ª Vara da Comarca de Pedro II, adiou o julgamento de João Paulo dos Santos Mourão, indiciado pela morte da irmã, a advogada Izadora Santos Mourão. Além dele, a mãe, Maria Nerci, também foi indiciada pelo crime.

Segundo o magistrado, o adiamento foi feito após uma explosão repentina de casos de Covid-19 entre funcionários do Poder Judiciário, incluindo oficiais de justiça e testemunhas.

O sorteio dos jurados estava previsto para acontecer no próximo dia 27 de janeiro, mas foi adiado para 22 de fevereiro. O início do julgamento, que estava marcado para 15 de fevereiro, foi remarcado para 16 de março.

No último sábado (22), o presidente do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI), desembargador José Ribamar Oliveira, suspendeu as atividades presenciais do órgão até 30 de janeiro devido ao aumento de casos de Covid-19 e gripe no estado.

Conforme menciona a Portaria nº 212/2022, publicada no Diário da Justiça, apenas um integrante do quadro de cada unidade judiciária ou administrativa poderá trabalhar em regime presencial, devendo o quantitativo restante funcionar em regime obrigatório de trabalho remoto. Foi definido ainda que as audiências em casos não urgentes e as sessões de julgamento administrativas e judiciais dos órgãos julgadores do Tribunal de Justiça e das Turmas Recursais continuarão sendo realizadas preferencialmente por videoconferência.

Sobre o caso

A advogada Izadora Mourão, de 41 anos, foi encontrada morta na manhã do dia 13 de fevereiro de 2021, no município de Pedro II. Familiares encontraram a vítima em seu quarto com uma perfuração no pescoço.

A investigação do caso ficou a cargo do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), com apoio da Delegacia de Pedro II, e o inquérito policial foi concluído em 20 dias.

João Paulo Mourão, irmão da vítima, foi indiciado por homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, utilizando de método que impossibilitou a defesa da vítima e por feminicídio. Já a mãe de Izadora, Maria Nerci, foi indiciada como coautora do crime e deve responder ainda por fraude processual.

*Sob supervisão da jornalista Lucy Brandão.

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