
Lucy Brandão
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O mês de fevereiro mal começou e já traz números alarmantes do aumento de casos de Covid-19 no Piauí. Em apenas dois dias, fevereiro já registra metade dos casos de todo o mês de janeiro no Piauí. É o que mostra o painel de dados da Secretaria de Saúde do Estado (Sesapi), nesta quarta-feira (2).
Foram 3.687 casos confirmados da doença em todo o Piauí nos dois primeiros dias de fevereiro. Em todo o mês de janeiro de 2022 foram 9.765 casos de Covid-19.
Em número de óbitos, fevereiro já contabiliza 11 vidas perdidas, incluindo a de uma criança de 11 anos sem comorbidade. Em janeiro foram 118 mortes pelo novo coronavírus no estado. Só após cinco dias de janeiro o número de óbitos ultrapassou a casa de 10 mortes, enquanto em fevereiro isso aconteceu em apenas dois dias.
Nesta quarta-feira (2), pela primeira vez durante a pandemia, o Piauí registrou mais de 2 mil casos de Covid-19 em 24h. O último pico de casos foi no dia 5 de maio de 2021, com 1.711 registros.
Na comparação com dezembro, o número de casos foi três vezes maior – 2.860 casos em dezembro de 2021 e 9.765 em janeiro de 2022. O número de mortes também teve um salto de 75 em dezembro para 113 no acumulado de janeiro.
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Relaxamento das medidas
Para o médico infectologista Nayro Ferreira, o aumento de casos se deve, principalmente, ao relaxamento das medidas sociais e ao não cumprimento das medidas sanitárias ditadas desde o início da pandemia. “O número de casos de Covid-19 cresceu de forma assustadora nos meses de dezembro e janeiro. É espantoso ver os números e é espantoso andar nos hospitais e ver a quantidade de pessoas internadas”, relata.
Ainda de acordo com o especialista, o aumento do índice de vacinação é um fator positivo, mas até nesse aspecto as pessoas estão relaxando. “A grande massa da população não está voltando pra completar o esquema vacinal ou tomar a dose de reforço. E o perfil de internados nas unidades de saúde é principalmente esse – os não vacinados ou com esquema incompleto”, afirma o médico.
“Se a população não se conscientizar que a vacinação associada à medida sanitária e restrição social são as melhores formas de prevenir as formas mais graves da doença, ainda teremos um cenário assustador nos próximos meses”, alerta ainda.
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