Você está machucado, se sentindo um fracasso, por diversos motivos e a pergunta é como aprender a seguir em frente depois de tantos tombos da vida?

É em meio às dificuldades, nos momentos de deserto que os nossos valores e nossa coragem, nossa resiliência são forjados. Primeiro entenda que você não é produto de uma momento, mas de uma história de vida. Sabendo disso, não seja tão duro com você mesmo!

Em um tempo de sofrimento, de fundo do poço, existem três tipos de crise:

1. Crise de solidão: quando você é invadido pelo sentimento de vazio, pela perda da fé em si mesmo. Segundo pesquisas realizadas nos Estados Unidos, 35% da população adulta até os 45 anos se sentem sozinhos.

2. Crise de confiança: só confio em si mesmo e em mais ninguém, uma falta de crença nos outros que estão em volta e na humanidade, acredita que para crescer só pode contar com a própria ajuda, o individualismo levado ao extremo.

3. Crise de significado: a pessoa se vê sem grandes causas, para ela nada tem mais sentido, não há um porquê para viver, não há um motivo significativo para seguir adiante.

Fique alerta porque o sofrimento vem para dizer algo. E o primeiro recado que o sofrimento carrega é avisar que a vida de quem sofre está na direção errada e pede uma resposta. O sofrimento destrói a ilusão de que somos autossuficientes, de que nos fazemos por nós mesmos, de que somos senhores absolutos do nosso destino; nós precisamos dos outros porque somos seres relacionais que necessitam de conexões, de compartilhamento, de sermos compreendidos e amados.

E acima de tudo, o sofrimento expõe uma vida cercada de vaidade, ego e falsidade. Será que realmente você continua em um relacionamento ruim, em um emprego ou mantém laços com algumas pessoas que são importantes para você só para manter aparências, status, por ter medo das críticas, por ter medo de enfrentar o mundo sem esses benefícios?

E quando não se consegue abrir mão de vaidades e ego, o resultado é uma vida vazia de significado, uma vida sem felicidade, uma vida de sofrimento.

Então, se você realmente quer sair desse vale comece agora; levante-se e escute a sua vida, ela vem lhe dando todos os sinais, a sua vida, os seus resultados já estão aí lhe mostrando diariamente o que tem que ser mudado.

Depois livre-se dos velhos “eus”; preconceitos, hábitos e ego. Como você vai seguir adiante pensando e agindo da mesma maneira? Pior, como você vai seguir adiante se não abre mão do que não te faz mais feliz?

Um passo importante para sair do sofrimento é aprender a ter uma vida comprometida. Na vida, podemos nos comprometer com uma fé, uma vida espiritual, uma comunidade, uma causa, um casamento, uma instituição.

Quem tem uma vida de compromissos, tem uma vida com significado, tem algo porque viver, algo maior do que ela mesma. É aquele tipo de pessoa que emana paixão pelo que faz, que as outras pessoas admiram, enxergam um ânimo próprio dentro dela. O tipo de pessoa que a gente tem vontade de ser.

E para fechar, a mensagem mais importante; sofrimento que não é transformado é transmitido! Pessoas que não buscam curar suas dores são aquelas que vão adoecer outras, torna-se críticas, julgadoras, negativas, prontas para apontar os erros do próximo, transmitindo esse vazio existencial por gerações.

O que há na caverna do sofrimento? E o que você vai levar para a vida? De dentro dessa caverna vai sair aquilo que você desejar levar.