Cerca de dez mil pessoas, entre clientes e permissionários, circulam todos os dias na maior Central de Abastecimento do Piauí. A importância da Nova Ceasa vai além do comércio de frutas e verduras e tem ajudado centenas de famílias carentes. O projeto Banco de Alimentos tem ainda um papel importante no combate ao desperdício e no apoio à pessoas em situação de vulnerabilidade social.
Jorgenei Morais é o gerente de projetos sociais da Nova Ceasa. Ele conta que “Banco de Alimentos” é o nome do projeto que vai além da distribuição de frutas e verduras. “O projeto leva o diferencial de não apenas ter essa concepção de recepção, coleta e distribuição de frutas e verduras, mas o Banco de Alimentos que foi concebido até o ano de 2050 para a população de Teresina – mais de um milhão e quatrocentas mil pessoas – tem toda a possibilidade também de ser uma extensão para um Banco de Serviços”.
De acordo com a apuração da Base de Dados da Pesquisa Agropecuária (BDPA), das 140 milhões de toneladas de alimentos produzidos por ano no Brasil, 26 milhões são jogados no lixo.
No Piauí, a iniciativa do projeto da Nova Ceasa faz com que 25 mil quilos de frutas e verduras deixem de ser desperdiçados e cheguem às mesas de sete mil pessoas em situação de vulnerabilidade social.
“Nós temos uma escala de entrega semanal destes produtos às entidades físicas. Nossa técnica administrativa do Banco já tem todos os contatos e também temos doações eventuais”, afirma o gerente de projetos sociais.

Doações voluntárias
Todos os produtos reaproveitados para redistribuição são higienizados e selecionados em uma triagem de qualidade e valor nutricional dos alimentos. Quem possibilita o abastecimento do Banco de Alimentos são os próprios permissionários da Nova Ceasa, como Genésio Lobão de Barros, permissionário que vende quiabo, maxixe e pimentinha, e faz doações diárias ao projeto.
“Tem muita gente de baixa renda que não tem nem o que comer, aí a gente doa e o Banco de Alimento distribui para essas pessoas que não tem condição de comprar”, disse o vendedor.
Na barraca da Luzinete Rocha, vendedora há 28 anos na Central de Abastecimento, nada é desperdiçado. Qualquer sobra das remessas de frutas e verduras que não foram vendidas é doada.
“Sempre doei. Faço doações voluntárias, mas com o Banco de Alimentos a gente tem uma distribuição melhor né. É de grande importância e a gente sabe que dá pra reutilizar. Não comercialmente, mas para doações”, conta Luzinete.
