10 de junho de 2025

Você sabia? Pix para empresas tem cobrança de até R$ 150

Lucy Brandão

Jornalista
Publicado em 13/02/2022 11:00

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Pix é o pagamento instantâneo brasileiro. (Foto: Marcello Casal/ Agência Brasil)

Lucy Brandão
lucy@tvclube.com.br

Pouco mais de um ano depois de ser lançado, o Pix iniciou em 2021 a cobrança de tarifas para empresas. Embora seja permitido o recolhimento de taxas para essas transações, muitos bancos cobram valores altos que chegam a R$ 150. E o pior é que muitos empresários não sabem que estão pagando por isso.

De acordo com a especialista em produtividade e finanças pessoais, Arlene Torres, o ideal é que o proprietário ou gestor da empresa entre em contato com seu banco para saber das taxas e poder decidir que tipo de transações valem mais a pena a empresa adotar.

“Cada instituição financeira tem as suas regras e valores, cabendo os empresários buscar conhecer exatamente quanto o seu banco está cobrando por PIX efetuado/recebido, através das taxas que são descontas em seu extrato, seja diariamente ou mensalmente. Nesse caso o empresário precisa em primeiro plano fazer uma conciliação bancária do seu extrato, contabilizando em um sistema de gestão caso utilize, ou mesmo em uma planilha eletrônica, na ausência do sistema. De modo que no decorrer de 1 mês ele verifique qual o montante total que pagou por essas transações bancárias”, aconselha.

Alguns bancos cobram até R$ 2,90 por cada transação de Pix Troco ou Pix Saque. Outras instituições decidiram não cobrar taxas para pessoas jurídicas, a exemplo da Caixa Econômica, o Inter, o Nubank e o C6 Bank. Apesar de algumas isenções, há tarifas no Pix que podem chegar a R$ 150 por donos de empresas que usam o sistema do Banco Central.

Outra regra para as tarifas é que empresas individuais e MEIs não são cobradas por conta da sua categoria de atuação.

De acordo com o gerente da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), Daniel Sakamoto, as tarifas no Pix para as empresas preocupam a confederação. De acordo com ele, a questão que envolve as taxas bancárias no Pix pode ser um problema para lojistas.

A instituição tem recomendado aos empresários que realizem uma pesquisa de preços de tarifas do Pix entre os bancos. Ainda de acordo com ele, esses custos terminam sendo repassados ao consumidor, então a isenção pode se tornar um diferencial para a empresa.

“A adoção do Pix reduziu os custos, mas as taxas podem retirar parte dessa vantagem. O micro e o pequeno empresário têm que fazer conta pequena mesmo, porque tudo pesa. Por isso é importante pesquisar. E não é porque o Pix está cobrando taxa que ele deixa de ser competitivo”.

Apesar da taxação, o custo do Pix ainda é mais barato do que as transferências tradicionais via TED ou DOC, na maioria dos bancos.

Dicas da especialista para os empresários

Segundo a especialista em produtividade e finanças pessoais, Arlene Torres, de posse das informações sobre o custo mensal que o empresário teve com Pix, algumas medidas podem ser tomadas para redução dessa despesa:

  1. Negociar com seu banco, pleiteando taxas menores;
  2. Levantar a possibilidade de abrir conta em outra instituição bancária que ofereça essas tarifas gratuitamente. Em geral, os bancos digitais (fintechs) tendem a não cobrar por essas e outras transações, tendo em vista que essas instituições são mais enxutas e têm despesas menores do que os bancos convencionais;
  3.  Negociar com seus fornecedores para emitir boletos e migrar parte dos pagamentos que eram feitos por Pix para boleto bancário, que não tem custo para quem paga (custo do boleto é por conta do emissor).

 

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