O temporal que caiu em Petrópolis, na região serrana fluminense, na última terça-feira (15), deixou pelo menos 104 mortos, segundo informações divulgadas no início da manhã desta quinta (17) pela Defesa Civil estadual. A Polícia Civil está trabalhando para agilizar o reconhecimento e a liberação de corpos.
Os bombeiros entraram no terceiro dia de buscas, já que ainda há desaparecidos. Os trabalhos de resgate resultaram no salvamento de 24 pessoas até a noite de ontem. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) preparou uma lista com os nomes de mais de 30 desaparecidos.
Mais de 20 pontos de deslizamento foram registrados em toda a cidade. Apenas no morro da Oficina, no Alto da Serra, um dos locais mais atingidos, dezenas de casas foram soterradas. Há ainda casos de pessoas que foram levadas pelas cheias nas ruas.
Mais de 300 pessoas tiveram que deixar suas casas e estão acolhidas em abrigos ou casas de parentes e amigos.
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, afirmou que essa foi a pior chuva da região desde 1932. Outros desastres já ocorreram na serra fluminense. Em 1988, foram 134 mortos em Petrópolis. Em 2011, 918 pessoas morreram e outras dezenas desapareceram na região serrana, principalmente em Nova Friburgo e Teresópolis.
Relembre
O ano de 2011 marcou a maior catástrofe climática da história do Brasil, quando uma forte chuva devastou vários municípios da Região Serrana do Rio de Janeiro e deixou mais de 900 mortos e quase 100 desaparecidos. Uma CPI da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) fez 42 recomendações para evitar novas catástrofes naturais na região. Mas, segundo especialistas, poucas medidas foram tomadas.
Bombeiros, moradores e voluntários trabalham no local do deslizamento, após a chuva que castigou Petrópolis. (Foto: Tânia Rego/ Agência Brasil)
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