Lucy Brandão
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As reclamações recorrentes dos usuários sobre a infraestrutura do Aeroporto Petrônio Portela em Teresina como um dos piores em capitais brasileiras podem ter solução em breve. A esperança está no fato de que, a partir de quinta-feira, 24 de março de 2022, o terminal teresinense terá um novo administrador – o Grupo CCR Aeroports. A empresa arrematou o aeroporto durante o leilão realizado em abril de 2021, na Bolsa de Valores B3. Atualmente, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) está em fase de transição para entrega definitiva ao novo grupo que assinou o contrato de Parceria Público-Privada (PPP).

Entre as primeiras mudanças anunciadas pela CCR Aeroportos estão melhoras na infraestrutura e segurança dos passageiros. Em entrevista exclusiva ao portal ClubeNews, a empresa anunciou que pretende iniciar reformas para contemplar sinalização, pintura, aplicação de nova identidade visual, higiene e limpeza, entre outras ações. “O objetivo é atender aos níveis de serviço e de qualidade previstos em contrato e que são premissas da CCR Aeroportos”, disse Monique Henriques, gerente executiva de varejo da CCR Aeroportos.

Embora não tenha adiantado a quantidade exata de empregos gerados, a CCR afirma que “tem como premissa promover o desenvolvimento sustentável das regiões onde está inserida, criando empregos, fomentando o mercado e a cadeia de produção, gerando oportunidades e renda”.

“O fato de a CCR Aeroportos estar presente em grande parte do país a torna ainda mais atrativa para grandes empresas e redes que ofereçam novas opções de alimentação e lojas nos aeroportos”, afirma.

Outra melhoria anunciada pelo Grupo CCR é a velocidade 10 vezes melhor para o wi-fi oferecido aos usuários. . “Além da alta velocidade, o acesso à rede será gratuito e ilimitado para os usuários, sendo apenas necessária uma rápida renovação de cadastro a cada duas horas”, explica a gerente.

A CCR Aeroportos destaca ainda que, além da melhoria da velocidade, haverá ampliação da cobertura wi-fi, com implementação de novas antenas que passarão a cobrir as chamadas “áreas de sombra” dos aeroportos. Na prática, a rede wi-fi contará com cobertura nos terminais de passageiros, incluindo áreas de embarque e desembarque, num único sistema, facilitando o acesso e a sua utilização.

Em outra frente, a tecnologia também irá suportar atividades on-line dos aeroportos, como atualizações de voos e informações sobre as condições meteorológicas, garantindo estabilidade e velocidade.

A implantação da nova rede sem fio contemplará os 15 aeroportos conquistados pela companhia na 6ª Rodada de Concessões do Governo Federal, que entram em operação até o final de março. São eles: Curitiba, Foz do Iguaçu, Londrina e Bacacheri, no Paraná; Navegantes e Joinville, em Santa Catarina; Pelotas, Uruguaiana e Bagé, no Rio Grande do Sul; São Luís e Imperatriz, no Maranhão; Goiânia (GO); Palmas (TO); Teresina (PI) e Petrolina (PE).

Outros aeroportos

A CCR Aeroportos opera atualmente quatro aeroportos, sendo um no Brasil, o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins (MG), por meio da BH Airport, e três no exterior: Quito (Equador), Juan Santamaria (Costa Rica) e Curaçao (Antilhas Holandesas).

Recentemente, a divisão CCR Aeroportos conquistou a concessão de outros 15 aeroportos na 6ª Rodada de Concessão de Aeroportos do Governo Federal. Deste conjunto, nove aeroportos já começaram a ser operados pela companhia no último dia 9 de março: Londrina e Bacacheri, no Paraná; Bagé, Pelotas e Uruguaiana, no Rio Grande do Sul; Joinville, em Santa Catarina; Imperatriz, no Maranhão; Petrolina, em Pernambuco; e Palmas, no Tocantins.

No dia 24 a empresa fará a virada operacional de outros três aeroportos: Goiânia, capital de Goiás; São Luís, capital do Maranhão, e Teresina, capital do Piauí. E, finalmente, em 31 de março, a CCR assume mais três terminais: Curitiba e Foz do Iguaçu, no Paraná, e o de Navegantes, em Santa Catarina.

Ao todo, são quatro aeroportos no Nordeste. Além de Teresina, administra terminais em São Luís e Imperatriz, no Maranhão; e Petrolina, em Pernambuco. Nos oito estados brasileiros onde atua nos segmentos de concessão de rodovias, mobilidade urbana, aeroportos e serviços, a empresa gera 17 mil empregos.